A Ambev divulgou seus números referentes aos três primeiros meses de 2022 e a produção de cerveja foi recorde. Segundo a empresa, o volume de comercialização foi de 91,3 milhões de hectolitros de cerveja (9,13 bilhões de litros) nesse período, uma alta de 2% frente à forte base de comparação com o primeiro trimestre de 2021. As receitas subiram 11% e o lucro líquido foi de 3,53 bilhões de reais no acumulado de janeiro, fevereiro e março, avanço de 29% em relação a um ano atrás.
O Credit Suisse foi um dos bancos que curtiram os números. “A Ambev surpreendeu positivamente ao entregar um crescimento de volume na cerveja brasileira apesar da forte base comparável e de tendências mais fracas da indústria”, disseram os analistas do banco.
Já o Morgan Stanley foi uma das instituições que torceram o nariz para o balanço porque os custos acompanharam a alta do volume de produção e também subiram (8,5%), reduzindo uma margem que poderia ser melhor. Além disso, os analistas do banco projetam um ano de 2022 com perspectiva de mais inflação no Brasil e uma possível redução da demanda por cerveja no país. Às 15h13, as ações da Ambev caíam 3,49%, assim como quase todas as empresas do Ibovespa, que negocia estressado por causa das decisões dos bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos.
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