Os preços do petróleo tipo brent desabaram 20% em apenas três meses diante dos temores de uma recessão nos Estados Unidos e de uma desaceleração das principais economias do mundo. Tais movimentos devem diminuir a demanda por petróleo. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) diminuiu de 2,11 milhões para 2,03 milhões de barris a previsão de demanda por petróleo em 2025. Atualmente, a commodity é negociada a 72 dólares por barril. O presságio é péssimo para a Petrobras e deve atingir em cheio os resultados e o pagamento de dividendos aos acionistas. A avaliação é dos analistas do banco Goldman Sachs.
O entendimento é que a estatal deve distribuir 33,9 bilhões de reais em dividendos extraordinários este ano — e não mais 39,5 bilhões, como se previa anteriormente. Dessa forma, os analistas cortaram o chamado preço-alvo das ações de 48 reais para 39,5 reais — hoje negociada a 36,9 reais. A equipe do Goldman Sachs também aponta preocupações para o teto de 65 bilhões de dólares da dívida da Petrobras. O temor é que o plano mais robusto de investimentos da estatal extrapole esses níveis de dívida em 2025. As ações da estatal têm queda de 6% somente no mês de setembro.