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Por Trás dos Números

Por Renato Meirelles Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Renato Meirelles é pai da Helena, acredita que a Terra é redonda, está à frente do Instituto Locomotiva e, neste espaço, interpreta os números muito além da planilha Excel

Talibãs brasileiros

Sim, eles existem, são 6,4 milhões e você provavelmente conhece um deles

Por Renato Meirelles Atualizado em 16 fev 2022, 16h39 - Publicado em 16 fev 2022, 16h15

E se eu te disser que existem talibãs brasileiros? Calma, não me refiro literalmente ao grupo extremista que comanda o Afeganistão. Falo aqui de pessoas com um perfil ultraconservador, cujas crenças a respeito dos direitos das mulheres ou da laicidade do Estado se assemelham à visão de mundo dos fundamentalistas.

Nós, do Instituto Locomotiva, fizemos uma pesquisa nacional para identificar quem são – e quantos são – esses brasileiros ultraconservadores. Três frases foram apresentadas aos entrevistados:

– “O Estado brasileiro deve ser cristão”

– “Mais pessoas deveriam ter acesso ao porte de armas”

– “Mulheres são melhores para realizar tarefas domésticas”.

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Aqueles que concordaram com todas as afirmações são, por assim dizer, os nossos talibãs. E não são poucos: cerca de 6,4 milhões de brasileiros adultos se encaixam no perfil. Você, leitor, leitora, muito provavelmente conhece algum.

Nosso ultraconservador é majoritariamente homem (60%) e estudou no máximo até o ensino médio (78%). A maioria (65%) tem entre 30 e 60 anos.

Esses números impõem um desafio à democracia brasileira. Não porque o conservadorismo seja uma posição política ilegítima. Mas porque, em versão extremada, ele passa a conflitar com valores republicanos fundamentais.

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Dois exemplos: 70% dos ultraconservadores consideram que casais do mesmo sexo não devem ter o direito de se casar e 61% acreditam que a polícia deve ser violenta no combate ao crime. São crenças opostas às noções de igualdade e direitos humanos consagradas pela Constituição Federal.

Nos dias de hoje, em que até o nazismo virou “polêmica” em redes sociais, o Brasil precisa encontrar estratégias eficientes para desarmar seus talibãs.

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