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Black das Blacks: VEJA com preço absurdo
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Pé na estrada

Por André Sollitto Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Viagens de carro para quem ama o caminho tanto quanto o destino

Levamos o BYD Seal para as curvas da Estrada dos Romeiros, em Itu

Embora potente, o sedã elétrico não é ajustado para a esportividade, mas surpreende no dia a dia

Por André Sollitto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 17 out 2025, 17h38

Quando foi inaugurada, há pouco mais de 100 anos, a Estrada dos Romeiros, que liga Itu a Barueri, ficou conhecida pelos peregrinos que seguiam até o Santuário de Pirapora do Bom Jesus a pé ou em cavalos. Até hoje é possível encontrar fiéis fazendo romarias na via, mas desde então a estrada passou a ser usada principalmente por ciclistas em treinos longos, clubes de motociclistas em passeios de final de semana ou motoristas interessados em curtir a paisagem e as curvas sinuosas. A bordo do Seal, sedã elétrico da BYD, tomamos o curto trajeto de São Paulo até Romeiros para testar o carro em uma das rodovias mais divertidas da região.

Lançado no Brasil em 2023, o Seal é hoje um dos grandes sucessos da BYD no país. No primeiro semestre deste ano, ficou na quinta posição entre os elétricos mais vendidos, com 1.418 emplacamentos. Perdeu apenas para outros três modelos da própria fabricante chinesa, Dolphin Mini, Dolphin e Yuan Pro, e para o EX30, da Volvo. É uma marca expressiva para o sedã.

Parte de seu apelo está, obviamente, em sua performance. São 531 cavalos de potência, suficientes para acelerar o carro até 100 km/h em 3,8 segundos – marca digna de esportivos. Além disso, tem tecnologias como o sistema iTac, ou Controle Inteligente de Adaptação de Torque, que minimiza derrapagens e mantém a tração em todas as condições. Com o centro de gravidade mais baixo natural de um sedã, ele é naturalmente ágil e responsivo na pilotagem. Nas curvas da Estrada dos Romeiros, ele mostrou seus pontos fortes, bem como suas limitações. 

O Seal é inegavelmente rápido. Basta colocar no Sport, um dos três modos de condução, para sentir sua aceleração absurda. Em linha reta, poucos carros podem competir com ele. Basta pisar no acelerador e sentir o corpo colando no banco. Na hora de reduzir, a desaceleração é igualmente agressiva. Em outros modos de condução (Eco, mais econômico, e Normal, que equilibra potência e autonomia), ele fica um pouco mais dócil. Nas curvas, no entanto, a falta de uma suspensão mais firme, algo esperado de carros de vocação esportiva, faz com que ele não transmita a mesma segurança. O controle de tração faz seu trabalho e garante que o carro fique estável, mas é mais prudente seguir tranquilo.

Isso não significa que ele não seja gostoso de guiar. Ele é um bom carro. Só não é esportivo. Na realidade, ele até surpreende. É confortável (são 2,92 metros de entre-eixos), espaçoso e a alta potência o tornam uma compra bastante razoável. A autonomia de 372 quilômetros declarada pelo fabricante e o preço, atualmente em R$ 249.999, R$ 50 mil mais barato que na época do lançamento, são atrativos. Não há nenhum outro que entregue tanta potência nessa faixa de preço.

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Por conta do seu ótimo espaço interno e da suspensão calibrada para o conforto, ele se mostra uma opção bastante interessante para o uso diário. O porta-malas, de 400 litros, é generoso, e há ainda outro, dianteiro, o “frunk”, com mais 50 litros. Dá para levar bastante bagagem. O acabamento interno é caprichado, com couro sintético e costuras à mostra.

Há elementos que podem incomodar. É o caso do teto solar panorâmico. Ele é gigante e dá uma ótima visibilidade, especialmente para quem vai atrás. Mas apesar da proteção UV, ele esquenta bastante em dias de muito calor. A luminosidade também pode incomodar. E não há cortina para tapar a luz. Além disso, como em outros carros chineses, muitos dos comandos estão concentrados na central multimídia, inclusive ajustes do ar-condicionado.

Por sua proposta, o Seal praticamente não tem concorrentes no Brasil. Não há outros sedãs potentes e confortáveis totalmente elétricos na mesma faixa de preço. Para efeito de comparação, o Porsche Taycan custa mais do que o triplo. Por cerca de R$ 250 mil ele encara outros chineses, a maioria híbridos, como o Haval H6 e o próprio Song Plus, mas ambos são SUVS. Quem busca um três volumes elétricos vai acabar optando pelo Seal – ou precisará desembolsar muito mais para comprar um modelo de luxo.

Na China, há um novo modelo do Seal que troca a motorização elétrica por outra, híbrida. Em vez de performance, maior autonomia. A aceleração de 0 a 100km/h cai para 7,9 segundos, mas a autonomia prometida pela fabricante é de 2 mil quilômetros.

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