A saída do governador Beto Richa (PSDB) para disputar o Senado em abril beneficia automaticamente a candidatura da vice-governadora Cida Borghetti (PP), que terá a máquina pública em mãos até dezembro. Mas não apenas ela. A desincompatibilização de Richa é o melhor dos cenários para o ex-senador Osmar Dias (PDT).
A análise é do diretor-presidente da Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo. Para ele, com Cida assumindo o governo do estado, haverá um pressão sobre a candidatura do deputado estadual Ratinho Júnior (PSD). “Eles [Cida e Ratinho] vão disputar os mesmos aliados, a mesma base de prefeitos e o Osmar fica com o caminho mais limpo”, diz Hidalgo.
Já em um cenário em que Richa permaneça no governo, ocorreria uma consolidação da candidatura de Ratinho Júnior e até uma eventual aproximação dele com o grupo de Cida. “Nesse caso, a artilharia vai contra o Osmar e ele fica isolado, dependendo do Requião [senador Roberto Requião, do PMDB] para viabilizar a candidatura.”