No sexto dia de paralisação dos caminhoneiros, há escassez generalizada de combustível nas principais cidades paranaenses, caso de Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel e Ponta Grossa. De acordo com o Sindicombustíveis-PR, entidade que representa os donos de postos em todo o estado, há alguns estabelecimentos abastecidos por caminhões que furam os bloqueios nas estradas. Nestes postos, os motoristas esperam até doze horas em filas para abastecer.
Na cidade, o movimento de carros é visivelmente inferior ao normal de um sábado. Há falta de motoristas nos aplicativos de transporte como Ube, Cabify e 99 Táxi. Muitos bares e restaurantes estão com as portas fechadas. A Abrabar e Abrasel, entidades que representam os bares e restaurantes, afirmam que o gás de cozinha restante na maioria dos estabelecimentos dura, no máximo, mais quatro dias. Nos supermercados, há falta de alguns produtos, especialmente frutas e legumes.
Ainda em Curitiba, ônibus foram escoltados pela Guarda Municipal, na madrugada deste sábado, 26, até as garagens da empresa de ônibus. Também foi garantido o combustível necessário para a coleta de lixo e serviço de ambulâncias por pelo menos sete dias. Outra escolta, da Polícia Rodoviária Federal (PRF), garantiu querosene para o aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais. Em cidades da região metropolitana, no entanto, a coleta de lixo está suspensa. É o caso de São José, Colombo e Pinhais.
Pontos de bloqueio
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal e Estadual, os manifestantes mantêm 250 pontos de bloqueio em todo o estado. Apesar do anúncio do presidente Michel Temer (MDB) autorizando as Forças Armadas a desobstruir as rodovias, a governadora do Paraná, Cida Borghetti (PP), declarou que não pretende utiliza o Exército ou a Polícia contra o movimento.