A disputa pelas duas cadeiras paranaenses ao Senado em 2018 ganhou três novos concorrentes nas últimas semanas. Os postulantes às vagas são os deputados federais Alex Canziani (PTB), Christiane Yared (PR) e Fernando Francischini (PSL).
Canziani é o que tem a candidatura mais estruturada até o momento. Ele faria uma dobradinha com o governador Beto Richa (PSDB) na disputa pelo Senado, tendo Cida Borghetti (PP) como candidata ao governo. Deputado de forte atuação no Norte do estado, ele tem a seu favor a chapa mais completa do ponto de vista de apoios partidários.
Yared também têm manifestado o desejo de sair ao Senado, mas ainda avalia a conjuntura. Deputada federal mais votada pelo Paraná em 2014, ela é bastante popular, especialmente em Curitiba e região metropolitana. Na semana passada, seu partido formalizou apoio à pré-candidatura do deputado estadual Ratinho Júnior (PSD) ao governo.
O terceiro da lista a sonhar com o Senado é o deputado Francischini. Homem forte do deputado Jair Bolsonaro no Paraná, ele teve sua candidatura lançada pelo correligionário, em sua passagem por Curitiba na semana passada.
Francischini teve uma passagem conturbada pela Secretaria de Segurança Pública. Sob seu comando, a Polícia Militar cercou a Assembleia Legislativa e envolveu-se um confronto com professores e manifestantes durante a votação de pacote de austeridade do governo estadual. Dezenas de pessoas ficaram feridas e ele pediu demissão dias depois. Agora, ao lado de Bolsonaro, aposta no eleitorado mais conservador para conquistar uma das vagas. O PSL ainda não fechou questão sobre quem apoiar para o governo.
Viabilização
Para o diretor da Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo, a viabilização das candidaturas é o primeiro desafio dos postulantes. “Uma coisa é ser candidato à Câmara. O Senado é outra. Viabilizar a candidatura dentro do partido, dentro da aliança é mais complicado”, explica.
Para Hidalgo, por enquanto, o governador Beto Richa (PSDB) e o senador Roberto Requião (MDB) são os favoritos, mas o cenário pode mudar. “Beto e Requião já são candidatos. Já tem estrutura partidária e já tem seu próprio eleitorado, mas essa é uma eleição que pode ser diferente. Há uma tendência por renovação que pode ser aproveitada”, diz.