Imagine assistir de perto ao treinamento de seu ídolo esportivo e, no final, ainda ganhar um selfie. Para a ginasta Rayane Alvarenga, 16 anos, natural de Lorena, interior de São Paulo, a emoção foi comparável a de subir ao pódio. Rayane, que já ganhou medalha em competições regionais de ginástica rítmica, foi uma das escolhidas para ver de perto a equipe feminina da Rússia, a melhor do mundo, que para a Olimpíada do Rio escolheu ensaiar em um centro esportivo na cidade de Aparecida, a 20 quilômetros de Lorena.
Ao final do treino aberto, as próprias ginastas russas disseram à segurança que queriam se aproximar das fãs. Quando viu a estrela maior da equipe, Aleksandra Soldatova, caminhando na sua direção, Rayane se pôs em movimento. “Gritei, chamei, fiz coraçãozinho, até que ela me viu”, lembra. Cara a cara com a russa, preparou o celular para um selfie, mas tremia tanto que Soldatova em pessoa segurou seu braço e garantiu uma boa foto. Rayane é a primeira a admitir que não está nem perto de executar os movimentos das atletas olímpicas. “O que elas fazem com o corpo é coisa de outro mundo”, suspira.
(Maria Clara Vieira)