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Dia Brasil do Rock in Rio mistura tribos com shows para plateia dispersa

Com um lineup formado apenas por artistas nacionais, o festival atraiu um público heterogêneo e interessado em flanar

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 25 set 2024, 15h36 - Publicado em 22 set 2024, 03h45
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  • Palco Mundo do Rock in Rio durante o Dia Brasil (21/09/2024)
    Palco Mundo do Rock in Rio durante o Dia Brasil (21/09/2024) (Wesley Allen/Divulgação)

    Com 90 atrações de diferentes estilos se apresentando no mesmo dia, o Rock in Rio inaugurou neste sábado, 21, uma inédita programação apenas com artistas brasileiros de trap, MPB, sertanejo, rock, rap, samba e pop. Mas, o que era para ser uma grande festa brasileira, enfrentou uma série de problemas devido a atrasos em todos os shows. O pior reflexo disso foi o cancelamento da aguardada participação de Luan Santana no palco Mundo, na estreia do sertanejo no festival, além do encavalamento dos shows entre o palco Sunset e o Mundo.

    A iniciativa, há muito aguardada, redime o festival de uma crítica constante desde a primeira edição, em 1989: a de que ele não privilegiava artistas brasileiros. Tanto em 1989 como em 2001, bandas brasileiras boicotaram o evento, principalmente devido a essa diferença de tratamento, com os maiores cachês para os estrangeiros e até volumes de som mais baixos para os grupos nacionais.

    Neste sábado, todos receberam tratamento igual, mas a quantidade de apresentações num mesmo palco confundiu o público. Em alguns shows, a sensação foi a de que não houve um ensaio coletivo, com as bandas se intercalando sem nenhuma conexão. Foi assim, por exemplo, com artistas da MPB e no rap. O esquema funcionou melhor quando um artista conduziu todo o show, como no samba, liderado por Zeca Pagodinho, e no sertanejo, com a dupla Chitãozinho e Xororó como mestres de cerimônia. Quem tentou assistir a tantas apresentações díspares se sentiu em bailão de formatura, desses em que bandas genéricas tocam todos os ritmos em uma mesma festa para agradar desde o universitário até o tiozão.

    O grande problema do Dia Brasil, no entanto, não forma as atrações e, sim, a mistura de tribos aleatórias e a falta de foco. Afinal, quando você homenageia todo mundo, na realidade, não está homenageado ninguém. Não por acaso, foi o único dia do festival em que os ingressos não se esgotaram. Na plateia, o que se via eram pessoas completamente diferentes, desde crianças vestidas de mini-boiadeiras para assistir Ana Castela, até a turma do trap. Como não havia fãs suficientes de nenhum artista, a maioria do público preferiu flanar pela Cidade do Rock, lotando os stands das marcas e deixando a tão disputada grade dos shows vazias entre uma e outra apresentação.

    Ainda que não tenha sido proposital, o Dia Brasil escondeu ainda uma sacada de mestre dos organizadores. Com o dólar nas alturas, o festival entregou um dia com shows razoáveis, com cachês negociados em reais, sem sofrer com as variações cambiais. E, de quebra, movimentou os stands das marcas parceiras, que tiveram um público menos interessado em música e mais atentos na experiência do festival.

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