Relâmpago: Digital Completo a partir R$ 5,99
Imagem Blog

O Som e a Fúria

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Pop, rock, jazz, black music ou MPB: tudo o que for notícia no mundo da música está na mira deste blog, para o bem ou para o mal

Como Quincy Jones se aliou a Frank Sinatra para combater o racismo nos EUA

Nos anos 1960, alguns estados do país eram segregacionistas e Sinatra se recusava a tocar nesses lugares enquanto a proibição vigorasse

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 4 nov 2024, 11h25

O empresário e produtor musical Quincy Jones, que morreu neste domingo, 3, aos 91 anos, para além de todo o seu talento na produção de álbuns revolucionários, como Thriller, de Michael Jackson, também foi um ativista contra o racismo nos Estados Unidos. Ao lado de Frank Sinatra, com quem teve uma prolífica parceria, eles ajudaram a derrubar várias proibições segregacionistas no país, onde era proibido que pessoas negras assistem aos shows. Sinatra jamais concordou com esse racismo e se negava a apresentar em estados americanos onde esse tipo de política era aplicada.

Com Quincy Jones, Sinatra se recusava a ficar em hotéis, tocar em clubes ou fazer shows em estados onde as pessoas negras não eram admitidas. Graças a essas iniciativas, Las Vegas rapidamente mudou essa política. No passado, grandes artistas negros, como Sammy Davis Jr. e Harry Belafonte, eram permitidos fazer shows nos palcos, mas não se hospedar nos hotéis nem comer lá. Eles eram obrigados a comer na cozinha, por exemplo. Sinatra dizia que o dinheiro não era preto nem branco, era verde.

Quincy Jones tinha 29 anos quando começou a trabalhar com Frank Sinatra, que era 18 anos mais velho. Em entrevista ao jornal El País, em 2018, Jones disse: “Em 1964, quando estava em Las Vegas, havia lugares nos quais se supunha que não podia entrar por ser negro, mas Frank [Sinatra] deu um jeito para mim. Para as coisas mudarem, são necessários esforços individuais como esse. É preciso que os brancos perguntem a outros brancos se querem realmente ser racistas, se acreditam de verdade nisso. Mas cada lugar é diferente. Quando vou a Dublin, Bono me faz ficar em seu castelo, porque a Irlanda é muito racista. Bono é meu irmão, cara. Ele batizou o filho dele com o meu nome”, contou.

Acompanhe notícias e dicas culturais nos blogs a seguir:

  • Tela Plana para novidades da TV e do streaming
  • O Som e a Fúria sobre artistas e lançamentos musicais
  • Em Cartaz traz dicas de filmes no cinema e no streaming
  • Livros para notícias sobre literatura e mercado editorial

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês
DIA DAS MÃES

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.