Nesta segunda-feira, 7, o cantor sertanejo Leonardo foi incluído no cadastro de empregadores que tenham submetido trabalhadores à condição análoga à escravidão, mais conhecido como “lista suja” do Ministério do Trabalho e Emprego. Atualizado semestralmente, o documento torna públicos os dados de pessoas físicas e jurídicas acusadas do crime.
Leonardo, cujo nome de registro é Emival Eterno da Costa, entrou para lista por conta de uma fiscalização realizada em novembro de 2023 na Fazenda Talismã, propriedade que administra em Jussara, no interior de Goiás. Na ocasião, foram encontrados seis funcionários — dentre eles, um adolescente de 17 anos — vivendo em condições degradantes, elemento que configura escravidão contemporânea no Brasil. Segundo o relatório, os funcionários dormiam em uma casa abandonada, sem água potável, banheiro ou camas, ao lado de galões de agrotóxicos. O local também estava infestado por morcegos e exalava um “odor forte e fétido”.
Em uma nota enviada à imprensa, Pedro Vaz, advogado de Leonardo, disse que o caso aconteceu em uma área da fazenda arrendada para o plantio de soja — logo, a responsabilidade pelos funcionários não seria do cantor, e sim de um terceiro. A defesa também alegou que Leonardo não tinha conhecimento das práticas de trabalho escravo em sua propriedade, mas pagou a indenização devida aos seis funcionários quando o Ministério Público o alertou sobre o caso.
Leonardo lamentou o ocorrido em um vídeo publicado no seu perfil no Instagram: “Gente, eu já plantei tomate, eu sei como é. A vida é difícil lá. Eu, do meu coração, jamais faria isso. Então, eu acho que há um equívoco muito grande sobre a minha pessoa. O Brasil inteiro me conhece, sabe a pessoa que sou, a idoneidade que eu tenho. Eu não me misturo nessa lista que eles fizeram aí de trabalho escravo”, disse. Confira o pronunciamento do cantor na íntegra:
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