Camila Cabello sobre ‘The Voice’: “Eu não viraria a cadeira para mim”
Descoberta em outro reality musical, o 'X-Factor', a artista mudou de lado e agora é jurada no 'The Voice America'
No dia 13 de dezembro, quando for ao ar a final do The Voice America, o grande vitorioso da edição não será nenhum dos concorrentes e, sim, a estreante como jurada Camila Cabello, de 25 anos. Descoberta em outro reality show, o X-Factor, e alçada ao estrelato com o girl group Fifth Harmony, Cabello foi uma das poucas artistas daquela leva que conseguiu ganhar notoriedade mundial. Agora, como jurada do The Voice, ela troca de lado no balcão e assume a responsabilidade e encontrar a nova voz dos Estados Unidos. Nascida em Cuba e naturalizada americana, ela faz parte da nova geração de artistas latinas a despontar no país e também no Brasil. Em setembro, ele se apresentou no Rock in Rio para cerca de 100.000 pessoas e levou ao palco funkeiros cariocas.
No Brasil, o The Voice América é transmitida pelo canal por assinatura E! Entertainment e, além de Camila, conta com Blake Shelton, John Legend e Gwen Stefani como técnicos. Em entrevista exclusiva a VEJA, ela conta sobre o reality e explica porque grupos fabricados em programas como esses não dão certo. Confira a seguir os principais trechos.
Você foi descoberta no X-Factor e agora é jurada de outro programa, o The Voice. Como avalia sua jornada profissional até aqui? É uma loucura. É um círculo completo. Sinto que tenho uma vantagem única porque conheço muito bem a experiência de estar dos dois lados da competição. Sinto também que posso realmente treinar as pessoas e entender a pressão e o nervosismo delas, além de poder escolher as músicas e técnicas vocais certas, especialmente quando você está diante de uma plateia na TV pela primeira vez.
A Camila Cabello de hoje viraria a cadeira para a Camila Cabello do passado? Não. Eu não estava pronta. É difícil dizer porque sei que eu tinha potencial e isso me levou onde estou hoje. Mas sinto que eu precisava de todos os anos de experiência que tenho e os dois anos que fiquei no Fifth Harmony para chegar onde cheguei. Eu não estava pronta.
O Fifth Harmony foi criada dentro do X-Factor mas não durou. Outros grupos, como One Direction, também não duraram. Qual é a razão para que grupos como esses não tenham vida longa? Porque são grupos formados por artistas solo. Não é como uma banda que começou no porão de casa e seus integrantes se juntam para fazer rock e, em conjunto, decidem quem vai ser o vocalista, o baterista e assim por diante. É sobre ter uma visão comum e uma paixão comum por um gênero musical. Quando você está em um grupo fabricado, você quase se torna outra pessoa, como se todos ali tivessem que deixar suas inspirações artísticas originais para representar algo no grupo. E todo mundo precisa estar comprometido com aquilo. Além disso, todos ali são muito jovens e ninguém quer se comprometer assim.
Você fez em setembro um show no Rock in Rio e levou funkeiros brasileiros para cantar com você. Com qual artista brasileiro você gostaria de fazer uma parceria? Com o MC Kevin O Chris. Amo a voz dele. Eu adoraria gravar com ele. O funk brasileiro é um dos meus estilos musicais favoritos. Eu sei que é muito popular no Brasil, mas gostaria que ele fosse mais conhecido no resto do mundo.
Você acredita que a música latina nos Estados Unidos está ajudando a integrar latinos e americanos por lá? Sim. Há tantos latinos nos Estados Unidos que, apesar de sermos culturalmente diferentes, também temos muitas semelhanças. Há os cubanos, os mexicanos e os brasileiros. Eu amo a música brasileira, a mexicana e a colombiana. São todas diferentes, mas com muita energia.