O cantor Gusttavo Lima foi indiciado pela Polícia Civil de Pernambuco por lavagem de dinheiro e organização criminosa, detalhou uma ampla reportagem do Fantástico neste domingo, 29. O programa da rede Globo teve acesso aos detalhes do processo que corre em sigilo na Justiça. Segundo a matéria, as autoridades suspeitam que Lima seja um dono oculto da Vai de Bet, uma das empresas citadas na Operação Integration, que investiga um possível esquema de jogo ilegal. A investigação tem como alvos 53 pessoas, entre eles a influenciadora Deolane Bezerra, que chegou a ser detida pela polícia no início de setembro.
O inquérito aponta que Gusttavo Lima virou sócio da Vai de Bet em julho deste ano, com participação de 25%. A suspeita, porém, é que a sociedade seja uma fachada, já que ele seria um dos donos ocultos da empresa.
Entenda o caso
Gusttavo Lima teve sua prisão decretada no dia 23 de setembro pela Justiça de Pernambuco. Na ocasião, o cantor estava fora do país. Ele teve seu habeas corpus expedido no dia seguinte, 24. A defesa de Lima se manifestou por meio de nota. “A decisão da juíza de origem estabeleceu uma série de presunções contrárias a tudo que já se apresentou nos autos, contrariando inclusive a manifestação do Ministério Público do caso. A relação de Gusttavo Lima com as empresas investigadas era estritamente de uso de imagem e decorrente da venda de uma aeronave. Tudo [foi] feito legalmente, mediante transações bancárias, declarações aos órgãos competentes e registro na ANAC. Tais contratos possuíam diversas cláusulas de compliance sendo firmados muito antes que fosse possível se saber da existência de qualquer investigação em curso”.