A razão pela qual os Mutantes optaram por não citar Rita Lee em show
Banda tocou no festival João Rock, mas tributo à ex-colega de banda ficou sob a responsabilidade de Manu Gavassi
Mantendo o lendário grupo Mutantes na ativa, Sérgio Dias, 72 anos, retornou dos Estados Unidos onde vive para duas apresentações no Brasil – uma ocorreu na quinta-feira, 1, no Cine Joia, em São Paulo, e a outra neste sábado, 3, no festival João Rock, em Ribeirão Preto, interior da capital paulista. Durante a apresentação, com clássicos como Panis et Circenses e A Minha Menina, Dias apresentou problemas na voz, mas compensou com seu talento para a guitarra. Uma falta porém pairou sob o show: o grupo não citou o nome da ex-colega Rita Lee, que morreu em 8 de maio, aos 74 anos.
A homenagem à roqueira ficou então sob a responsabilidade da jovem cantora Manu Gavassi que fez um show especial com as canções de Fruto Proibido, disco lançado por Rita com o Tutti Frutti, em 1975.
Na morte de Rita, Dias fez um texto emocionado nas redes sociais. Desde então, afirmou que não pretende mais falar sobre a cantora. A razão não tem a ver com alguma rixa entre eles. Nos bastidores do festival, a produção afirmou que Dias está muito sentido com a perda da amiga e se emociona facilmente ao falar sobre ela.
Parte essencial do movimento tropicalista, nos anos 60, Os Mutantes era formado originalmente por Dias e seu irmão Arnaldo Baptista, além de Rita Lee – que foi casada com Arnaldo. A cantora saiu do grupo em 1972, parceria que acabou juntamente com seu relacionamento com Arnaldo – o próprio, um ano depois, também saiu do grupo. Os Mutantes voltaram à ativa com Sérgio acompanhado de músicos convidados em 2007 em turnês ocasionais e novos álbuns, sendo o mais recente de 2020, batizado de Zzyzx.