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A decisão do Conar sobre comercial que reviveu Elis Regina

Propaganda da Volkswagen causou controvérsia ao usar inteligência artificial para criar dueto póstumo da cantora com filha Maria Rita

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 25 out 2023, 15h46 - Publicado em 23 ago 2023, 15h41

A propaganda da Volkswagen que recriou digitalmente por meio de inteligência artificial a cantora Elis Regina poderá ser veiculada normalmente. O conselho de ética do Conselho Nacional de Autorregumentação Publicitária (Conar) arquivou o processo que eles abriram para avaliar se o comercial feria o código de ética da instituição. A propaganda continua no ar.

Alvo de controvérsias entre os fãs, a propaganda usou uma atriz de verdade que teve o rosto substituído digitalmente pelo de Elis Regina, morta em 1982, numa técnica conhecida como deep fake. “O colegiado considerou, por unanimidade, improcedente o questionamento de desrespeito à figura da artista, uma vez que o uso da sua imagem foi feito mediante consentimento dos herdeiros e observando que Elis aparece fazendo algo que fazia em vida”, informou o órgão.

O colegiado discutiu ainda da necessidade de informar do uso da nova tecnologia, mas concluiu que não ainda há regulamentação sobre o tema.

A peça investe numa conexão altamente emotiva entre presente e passado, ao juntar uma mãe e sua filha em versões da velha e boa perua Kombi, no modelo clássico dos anos 1970 e em sua reencarnação elétrica, a ID.Buzz, que será vendida no país em edição limitada pela montadora. Ocorre que Maria Rita, atualmente aos 45 anos — e a mãe, Elis Regina, morreu quando a rebenta tinha 4 anos.

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O dueto póstumo mostra as duas interpretando Como Nossos Pais, canção de Belchior (1946-2017) imortalizada por Elis. A família da artista aprovou o resultado. “Foi tudo feito com carinho e respeito. Emocionou profundamente a Maria Rita e me emocionou também”, diz o produtor João Marcello Bôscoli, filho mais velho da estrela. A viagem nostálgica proporcionada pela IA teve o mérito, ainda, de reavivar a memória musical de Elis, ampliando seu apelo junto à nova geração.

Houve quem criticasse o fato de que uma empresa que teve laços históricos comprovados com a ditadura pudesse se utilizar da imagem de Elis, notória opositora do regime — e se Belchior aprovaria o uso da sua canção para tal fim, já que ela é também um libelo poético contra os militares. Os herdeiros de Elis minimizam a celeuma. “Ou a gente anda para a frente e perdoa ou vamos fazer uma revisão de tudo”, diz João Marcello Bôscoli.

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