Deu no Diário Oficial da União: o Ministério da Agricultura aceitou o pedido de registro de 67 novos agrotóxicos, sendo sete deles considerados “extremamente tóxicos” pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Do início do governo Bolsonaro para cá, 590 produtos com esta finalidade foram aprovados.
O registro de agrotóxicos aumentou vertiginosamente neste governo se comparado com o que aconteceu no início dos governos de seus antecessores. Nos dois primeiros anos do governo Lula foram 117 produtos. Saltou para 188 nos dois primeiros anos de Dilma. E para 470 no mandato de Michel Temer (2017-2018).
Dos novos produtos liberados para aplicação pelo atual governo, 24 foram considerados tóxicos e sete “extremamente tóxicos”. A Anvisa, responsável pela classificação, considera tanto o impacto da exposição dos aplicadores de agrotóxicos quanto o de riscos de resíduos que possam ser encontrados nos alimentos tratados.
Se isso ainda não bastasse, 54 produtos do novo lote, ou 80% do total, são considerados perigosos ou muito perigosos ao meio ambiente, contendo substâncias que podem, entre outros efeitos, atingir águas subterrâneas ou provocar a morte de organismos marinhos. Vidas pouco importam.