Após a fúria, chegou a calma. A Casa Branca deu um passo rumo à distensão com a Coreia do Norte e se mostrou disposta a abrir negociações com seu arqui-inimigo nuclear “no tempo adequado e sob as circunstâncias corretas”. A oferta, anunciada nesta quarta-feira, 10 de janeiro, num telefonema do presidente Donald Trump ao seu homólogo sul-coreano, Moon Jae-in, reforça a aproximação iniciada entre Seul e Pyongyang e que os Estados Unidos considera que seja fruto de suas pressões.
Tudo é frágil. Os falcões militares e o presidente norte-americano mantêm seu objetivo intacto: a Coreia do Norte deve abandonar o programa nuclear e balístico. Para alcançar essa meta, estão dispostos a continuar fechando o cerco e, caso se sintam ameaçados, Trump chegou a afirmar que não hesitaria em destruir seu inimigo. Pyongyang tem se mostrado firme em todos os momentos. Apesar das sanções e condenações internacionais, declarou ser um Estado nuclear no início do ano e recordou que “todo o território dos EUA está ao alcance” de sua bomba atômica.
Nesse contexto, a tensão parecia destinada a uma nova escalada, mas o regime norte-coreano buscou uma válvula de escape e se ofereceu para sentar e negociar com o Sul. O sinal de abertura foi rapidamente aceitou pelo vizinho. E as conversas começaram a dar resultado. Na primeira jornada realizada esta semana, Pyongyang anunciou que, em fevereiro, participaria dos Jogos Olímpicos de Inverno no Sul. Também se mostrou disposta a abrir um diálogo militar para “resolver as tensões atuais” entre ambos os países.
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