Por seis meses, dormiu sem resposta em uma gaveta do Ministério da Saúde o ofício onde o Ministério da Economia perguntava se tinha interesse ou não em comprar da China seringas e agulhas para a aplicação de vacinas contra o coronavírus.
Só no fim do ano passado, por meio de pregão eletrônico, foi que o Ministério da Saúde, às pressas, tentou comprar 331 milhões de conjuntos desses produtos. Conseguiu apenas 7,9 milhões. O presidente Jair Bolsonaro alegou que o preço subira muito.
Que fazer então o quê? Contrariar a lei da oferta e da procura que determina a formação de preços no mercado. Ela diz que quando há muita procura por um produto, o preço sobe. Quando cai a procura, o preço baixa. É assim que funciona.
A pedido do Ministério da Saúde restou ao governo Bolsonaro, por meio de portaria da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia, restringir a venda para outros países de seringas e agulhas fabricadas no Brasil. Dane-se a lei do mercado, ora!
Nas redes sociais, o Ministério da Saúde havia chamado de “fake news” notícias sobre a dificuldade do governo de comprar seringas. Mas seu fracasso no processo de compra foi o argumento apresentado para pedir o veto às exportações.
Segue o baile!