Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Noblat Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Coluna
O primeiro blog brasileiro com notícias e comentários diários sobre o que acontece na política. No ar desde 2004. Por Ricardo Noblat. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Presidência da República é destino

MEMÓRIAS DO BLOG

Por Ricardo Noblat Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 ago 2018, 12h00 - Publicado em 7 ago 2018, 12h00

Texto do dia 07/08/2015

A arrogância que pontua a trajetória do PT desde a sua fundação e que agora, além de tudo, o paralisa, foi responsável pela ausência de qualquer admissão de erros no programa de televisão exibido ontem à noite. A não ser que se entenda como tal a pergunta feita pelo ator José de Abreu, o apresentador do programa:

– Não é melhor a gente não acertar em cheio tentando fazer o bem do que errar feio fazendo o mal?

Quer dizer: o PT acertou em tudo o que fez até aqui. Pode não ter acertado em cheio, mas acertou em tudo. Não foi melhor do que se errasse feio fazendo o mal? Se errou foi porque tentou fazer o bem.

Empulhação.

Outra ausência notada no programa: a palavra corrupção. Inacreditável que não se tenha dirigido uma única explicação aos brasileiros a respeito disso.

Seria pedir demais que condenassem os petistas que se envolveram com corrupção. Mas poderiam ter elogiado a Operação Lava Jato. E reafirmado o compromisso do partido com a luta contra a corrupção.

Continua após a publicidade

As mentiras ditas por Dilma na última campanha eleitoral ficaram de fora do programa. Ela acusou, por exemplo, Marina Silva de preparar um ajuste que tiraria a comida do prato dos brasileiros.

Dilma disse que Aécio, se eleito, cortaria programas sociais e causaria o desemprego de milhões de pessoas. O programa não poderia ter abordado essa questão mesmo de passagem?

Não o fez. Repetiu supostas realizações do governo que as pessoas nem querem mais saber porque passaram a desconfiar de tudo. E ainda debochou dos paneleiros.

Debochar dos que batem em panelas para manifestar seu descontentamento equivale a provocar 7 entre 10 brasileiros que rejeitam Dilma e seu governo, de acordo com o Datafolha. Há algo de inteligente nisso? Ou só de arrogante?

Sem discurso, sem aliados fieis, sem líderes, sem futuro promissor a curto ou médio prazo, o PT vê o governo que apoia, ou que mal apoia, desmanchar-se a cada dia.

O governo envelheceu sem sequer ter completado um ano. A presidente entregou ao seu vice o protagonismo que num regime presidencialista só a ela pertenceria.

Continua após a publicidade

De sua parte, Temer começa a se desgastar pelo desempenho de um papel para o qual não foi eleito. Não foi sequer votado. Arrisca-se a cair numa armadilha mortal.

Quer só socorrer a presidente a pedido dela. Mas pode parecer o ambicioso que aproveita o momento de fraqueza do titular do cargo para tentar passar-lhe a perna.

Na boca do palco desde janeiro último, Temer já deu o que poderia dar. Não domesticou o PMDB, seu partido. Nem o presidente da Câmara, seu companheiro. O sucesso do ajuste fiscal foi para o espaço sem que Temer tivesse  culpa alguma disso. A função de distribuir de cargos públicos esbarrou na sabotagem de ministros.

É tentador estar permanentemente sob os holofotes da mídia e ser bajulado pelos que desejam ou apostam em sua ascensão à presidência. Mas não é prudente. E muitos dirão que nem correto.

Aproveite o cansaço e se recolha à calmaria do Palácio do Jaburu, a poucos metros do Palácio da Alvorada, e à condição de vice decorativo. Se o destino for o de trocar de palácio, isso ocorrerá à sua revelia.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.