Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana

Noblat

Por Coluna Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
O primeiro blog brasileiro com notícias e comentários diários sobre o que acontece na política. No ar desde 2004. Por Ricardo Noblat. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Por uma nova eleição, se Bolsonaro provar que a dele foi fraudada

Do contrário, o impeachment existe para essas coisas

Por Ricardo Noblat
Atualizado em 30 jul 2020, 19h06 - Publicado em 10 mar 2020, 08h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Primeiro Bolsonaro negou que o governo tivesse feito um acordo para que o Congresso controlasse 30 bilhões de reais destinados ao pagamento de emendas de deputados e senadores ao Orçamento da União. Mentiu. O acordo foi fechado pelos ministros da Economia e da Secretaria do Governo junto com os presidentes do Senado e da Câmara. E Bolsonaro estava informado disso.

    Depois, quando o general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional, sugeriu a Bolsonaro que jogasse o povo contra os políticos, ele pessoalmente fechou um novo acordo que, desta vez, reduziu para 19 bilhões de reais a verba à disposição do Congresso. Como sua palavra pouco ou de nada vale, assinou um projeto de lei para provar que falava a verdade.

    Ontem, véspera de o Congresso votar o que fora combinado, Bolsonaro sugeriu a rejeição do projeto de sua autoria. Em troca, insinuou que poderá apelar para que seus devotos cancelem as manifestações de rua marcadas para o próximo domingo e que terão como alvo o Congresso e a Justiça que só o impedem de governar direito. Como se não fosse ele o principal culpado.

    Passou da hora de se levar Bolsonaro a sério. Ele e sua turma acusam o Congresso de querer implantar um parlamentarismo branco, transformando o presidente numa espécie de rainha da Inglaterra que reina, mas não governa. Não há espaços desocupados na política. Quando um se abre, imediatamente é preenchido. Bolsonaro caminha para a irrelevância.

    O que pode ser bom ou ruim, porque mesmo irrelevante ele ainda conservará algum tipo de força para fazer mal ao país até o fim do seu mandato. Mas, se ele não sabe governar, ou só saberia nos seus próprios termos – o que significa atropelar os demais poderes à custa do enfraquecimento da democracia -, fazer o quê? Tocar o barco adiante da melhor maneira possível.

    Continua após a publicidade

    A primeira coisa a ser feita é ignorar seus arreganhos e negar-se a fazer seu jogo de distrair o distinto público das questões que de fato importam. Palhaço na porta da Alvorada? Deixem os dois por lá. Anúncio de que será submetido a uma nova operação? Boa sorte, que Deus o proteja. Denúncia de que uma fraude impediu sua eleição no primeiro turno? Cadê as provas? Mostre as provas!

    Se elas existirem, não seria o caso de anular a eleição passada e convocar-se outra? Se não existirem… Uma denúncia de tal gravidade, para completar feita no exterior, não configura crime de responsabilidade segundo a Constituição? Nesse caso, não caberia a abertura de um processo de impeachment contra Bolsonaro? Afinal, Dilma Rousseff foi derrubada por muito menos.

    Se Dilma pedalou artigos da Lei de Responsabilidade Fiscal, Bolsonaro tenta pedalar o próprio regime sob o qual se elegeu. E não descansará enquanto não conseguir.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.