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O outro “orçamento de guerra” (por João Bosco Rabello)

Senado e Câmara em jogo

Por João Bosco Rabello
15 dez 2020, 12h00

É cedo ainda para arriscar previsões sobre as eleições para as presidências da Câmara e do Senado. Não se justifica o otimismo dos que vinculam a vitória do governo no Supremo Tribunal Federal à disputa que é essencialmente política. É no recesso que as negociações ganham corpo e desenho consistente.

Um resultado que leve o centrão ao comando da Câmara tende a aumentar a desconfiança de investidores que temem o custo político da aliança com o governo. Não à toa, pois as notícias que têm origem no próprio governo indicam que há um orçamento de guerra não apenas para a pandemia, mas também para garantir o sucessor de Rodrigo Maia.

De fato, a exoneração do ministro do Turismo para abrir espaço à futura composição ministerial decorrente da aliança, serviu para escancarar a interferência do Planalto na sucessão com uma agressividade rara. O governo implantou o clima de tudo ou nada.

Como não se deve conceder ao chamado centrão entusiasmos reformistas não é de se esperar mais facilidades para o avanço da pauta de mudanças que integra o discurso do ministro da Economia, Paulo Guedes. Mesmo porque ela jamais teve o empenho efetivo do presidente da República, cujo discurso liberal teve a duração da campanha.

A economia, que já vinha mal antes da pandemia, sofreu corrosão maior e mais veloz após sua disseminação. E 2021 será o auge do conflito entre a continuidade do socorro e a busca do equilíbrio fiscal, agravado por ser véspera de ano eleitoral para deputados, governadores e presidente.

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Como registrou este site, o consultor e ex-presidente do Banco Central, Afonso Celso Pastore, é uma das muitas vozes pessimistas que preveem um 2021 turbulento, com muita insegurança e desconfiança. Mais desemprego e inflação estão no caminho e nem o ministro da Economia e o presidente da República inspiram confiança quanto uma gestão firme da crise.

Nesse estágio do processo pré-eleitoral, como sempre, há contas precárias destinadas a criar clima psicológico favorável aos dois lados em disputa. É improvável, por exemplo, que toda a esquerda apoie Artur Lira, o candidato da preferência do governo.

Por ora, é conta de um candidato só, o único que está posto. E, por fim, não basta ao governo emplacar seu candidato, mas terá de conviver com os novos aliados que foi buscar na última hora para atravessar a segunda metade do mandato que se desenvolverá em ambiente adverso.

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João Bosco Rabello ecsreve no Capital Político. Jornalista há 40 anos, iniciou sua carreira no extinto Diário de Notícias (RJ), em 1974. Em 1977, transferiu-se para Brasília. Entre 1984 e 1988, foi repórter e coordenador de Política de O Globo, e, em 1989, repórter especial do Jornal do Brasil. Participou de coberturas históricas, como a eleição e morte de Tancredo Neves e a Assembleia Nacional Constituinte. De 1990 a 2013 dirigiu a sucursal de O Estado de S. Paulo, em Brasília. Recentemente, foi assessor especial de comunicação nos ministérios da Defesa e da Segurança Pública.

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