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Memória curta ou vontade de tumultuar?

iquei surpresa com a simpática descrição que Dilma Rousseff fez de sua temporada como presa política

Por Maria Helena RR de Sousa
Atualizado em 11 Maio 2018, 10h05 - Publicado em 11 Maio 2018, 10h05

Creio que as duas coisas. A ex-presidente Dilma Rousseff, ao lhe ser vetada a visita ao ex-presidente Lula no prédio da Superintendência Federal de Curitiba, logo após a prisão do petista, fez uma revelação surpreendente:

“Eu tenho uma certa experiência com estar presa. Mesmo durante a ditadura, havia a possibilidade de receber parentes, amigos e advogados”. E prosseguiu na comparação com 1964: “Enquanto o golpe militar corta pela raiz a árvore da democracia, vivemos um momento que a árvore da democracia é comida por fungos”.

Fiquei surpresa com a simpática descrição que Dilma Rousseff fez de sua temporada como presa política. Podiam receber parentes, amigos e advogados, disse a inacreditável senhora. Só não explicou se essas visitas eram recebidas nos intervalos de “quando foi torturada física, psíquica e moralmente, o que se deu durante vinte e dois dias após o dia 16 de janeiro de 1970 (quando foi presa)”,segundo seu testemunho durante a campanha para a presidência da República.

Ao final do processo que sofreu no Tribunal Militar, Dilma Rousseff foi condenada a quatro anos de prisão e a dez anos sem direitos políticos. Sobreviveu à ditadura. Diferente foi o caso de muitos de seus companheiros de resistência que sucumbiram na luta.

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Ontem ficamos sabendo de um documento que vem desdizer mais ainda a afirmação da ex-presidente. O memorando da CIA datado de 11 de abril de 1974, encontrado por Matias Spektor, professor de Relações Internacionais da Fundação Getulio Vargas, e divulgado pelo site Opera Mundi, revela que o ditador Ernesto Geisel autorizou a manutenção da política de execuções sumárias iniciada no governo de seu antecessor, Emílio Garrastazu Medici. Essa política, cujo alvo eram os “subversivos” opositores do regime, foi repassada para o sucessor de Geisel, João Batista Figueiredo.

Hoje, isso faz parte dos livros de História.

Lula foi preso depois de condenado por diversas vezes e sempre tratado com respeito. Está numa sala da PF com todo o conforto e segurança que uma prisão pode garantir. Que uma prisão brasileira pode garantir, quero dizer. E ele sabe disso tão bem que duvido que queira ser transferido para qualquer outro presídio.

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Claro que se ele pudesse ser indultado, isso faria sua alegria, mas ser transferido para Brasília ou São Paulo… sei não. Só se a idade estiver mexendo com seus miolos, o que não acredito.

 

Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa é professora e tradutora, escreve semanalmente para o Blog do Noblat desde agosto de 2005. www.facebook.com/mhrrs 

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