Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Imagem Blog

Noblat

Por Coluna Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
O primeiro blog brasileiro com notícias e comentários diários sobre o que acontece na política. No ar desde 2004. Por Ricardo Noblat. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Flávio segue os passos de Lula

A hora da verdade para o filho do presidente

Por Ricardo Noblat
Atualizado em 30 jul 2020, 19h44 - Publicado em 14 Maio 2019, 07h00

O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) não devia temer a quebra do seu sigilo bancário e fiscal, bem como o da sua família, autorizado pela Justiça. Muito menos deveria acusar o Ministério Público do Rio de persegui-lo com a intenção de atingir por tabela o presidente Jair Bolsonaro. Não faz sentido.

Como inocente que é e não se cansa de declarar, tanto melhor que seja assim porque logo se livrará das suspeitas que o atormentam desde a descoberta dos rolos de Fabrício Queiroz, seu ex-assessor na Assembleia Legislativa do Rio e amigo da estreita confiança do seu pai há quarenta anos.

Se foi Queiroz de fato o único responsável por eventuais malfeitos que lhe renderam uma fortuna considerável e desproporcional aos seus ganhos como servidor público, que ele pague pelo que fez. Ficará provado então que Queiroz traiu a confiança de Flávio e do seu pai, que o indicou para o cargo.

A essa altura, se nada existe que possa macular a folha corrida de Flávio, ele deveria comemorar na companhia de amigos a devassa nas suas contas. Pois quanto mais ampla, rigorosa e transparente ela for, mais convincentes serão seus resultados. A não ser que Flávio… Não, nem pensar!

A quebra do sigilo foi concedida no último dia 24. Certamente por isso, informado prontamente a respeito, Bolsonaro chamou o filho e o avisou falando grosso: se os rolos do Queiroz pesarem para o seu lado, não conte comigo. Arranje-se sozinho.  Minha proteção como presidente não terá.

Continua após a publicidade

Daí o nervosismo do senador conferido pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, em um encontro por aqueles dias. Flávio estava uma pilha de nervos, embora tentasse dissimular. Compreensível: para qualquer pessoa, mesmo que inocente, ser investigada é uma aporrinhação.

No último domingo, quando Bolsonaro aproveitou uma entrevista à Rádio Bandeirante para defender Flávio, ele e o filho sabiam que estava para vazar a notícia da quebra do sigilo. No mesmo dia, Flávio defendeu-se em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. Voltou a criticar o Ministério Público.

Confrontar a Justiça em casos assim não é a maneira mais inteligente de proceder. Esse foi o maior erro cometido por Lula desde que seus rolos foram denunciados. Se tivesse, por exemplo, legalizado a posse do tríplex do Guarujá e do sítio de Atibaia, Lula talvez não tivesse sido condenado.

Continua após a publicidade

Flávio parece estar indo pelo mesmo caminho de Lula. Antes da quebra do seu sigilo, por duas vezes tentou barrar a investigação do Ministério Público com recursos que impetrou no Supremo Tribunal Federal. Alegou que tinha foro privilegiado porque se elegera senador. Perdeu.

Agora, tenta esconder-se à sombra do pai ao afirmar que o verdadeiro alvo da Justiça é o presidente, não o seu filho. É uma jogada primária que não costuma funcionar. Além de falta de imaginação, ela revela fraqueza, embute um pedido de socorro à instância invocada e acarreta descrédito.

Embora tenha dito ao filho que não o protegerá, Bolsonaro poderá acabar caindo na armadilha montada por Flávio. Ele costuma dizer que filho é filho, coisa de sangue, e que jamais conseguirão separá-los deles. Com tal comportamento, arrisca-se a afundar seu governo.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.