
Texto publicado em 25/02/2016
A presidente Dilma já pode pedir música ao “Fantástico”. Ela conseguiu a proeza de ver em cinco anos e dois meses de governo o Brasil descer três vezes a ladeira na lista dos países que são atraentes e confiáveis para investimentos estrangeiros.
A agência de classificação de risco Moody’s rebaixou a nota de crédito do Brasil e retirou o grau de investimento do país, que perdeu o último “selo de bom pagador”.
A nota do país foi reduzida em dois degraus, passando de “Baa3” — último nível de grau de investimento — para “Ba2”.
Assim, o país deixou de contar com o aval de “bom pagador” dado pelas três principais agências de rating do mundo. A Fitch e Standard & Poor’s tomaram igual decisão no ano passado.
O governo reagiu à notícia com uma nota ridícula do Ministério da Fazenda, em que garante estar adotando “medidas estruturais para reverter as incertezas do mercado em relação à trajetória da dívida pública e retomar a confiança dos agentes econômicos”.
Entre as ações, o ministério citou as propostas de reforma da Previdência, que não está sequer pronta e que dificilmente será aprovada no Congresso em ano eleitoral, e a fixação de um teto para os gastos públicos que ainda não saiu do papel.
Quando Dilma começou a governar em 2011, a dívida pública equivalia aa 52% do PIB. Aumentou para 66%, e deverá atingir 80% em 2018. Essa bola foi cantada por economistas de todas as tendências. Dilma ignorou-os.
Alertar outra vez o governo para os efeitos desastrosos de sua política econômica não faz mais sentido. Ele conhece os efeitos. Sabe para onde a política conduz o país. Não é inocente. É culpado.
Por que procede assim?
Porque é incompetente e irresponsável.