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Desde quando o PT ainda é de esquerda?

Memórias do blog

Por Ricardo Noblat Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 17 jan 2018, 12h00 - Publicado em 17 jan 2018, 12h00
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    (Artigo publicado em 17/01/2013)

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    O ex-ministro José Dirceu criticou o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) por estar disposto a concorrer à presidência do Senado enfrentando a candidatura de Renan Calheiros (PMDB-AL), apoiada pelo PT, PMDB, demais partidos da base do governo e até fatias da oposição.

    “Como vemos, o PSOL abandonou de fato qualquer veleidade de esquerda e se alia aos piores adversários do PT. Atuam escondidos numa retórica moralista com o único objetivo de desorganizar a base de apoio do governo e a maioria parlamentar construída no Senado pelas urnas”, escreveu Dirceu em seu blog.

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    Por fim o ex-ministro foi taxativo:

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    – A oposição perdeu nas urnas as eleições para o Senado da República em 2010.

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    O trecho ficou um tanto confuso.

    Dirceu quis dizer que em 2010 os partidos que apóiam o governo elegeram a maioria dos senadores. Por tradição, cabe à maioria eleger o presidente do Senado.

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    Ocorreu o mesmo na Câmara dos Deputados.

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    Se dependesse do raciocínio torto de Dirceu, a oposição se limitaria a contemplar passiva ou indiferente as eleições para presidente do Senado e da Câmara.

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    Não faz sentido o que Dirceu escreveu.

    Mesmo para perder ou apenas marcar posição, a oposição pode disputar as duas eleições. E nem sempre ela se dá mal perdendo.

    Ulysses Guimarães (VEJA.com/VEJA)

    Quando a ditadura militar de 64 ainda estava forte, o deputado Ulysses Guimarães resolveu desafiá-la concorrendo à presidência da República. Percorreu o país se apresentando como anticandidato e descendo a lenha no governo.

    Na época, os presidentes, todos eles generais, eram eleitos por um colégio controlado pelo regime. E montado sob medida para produzir o resultado desejado.

    Fizeram parte do Colégio Eleitoral senadores, deputados federais, estaduais e delegados indicados pelos dois partidos, os únicos existentes – Arena (governo) e MDB (oposição). O povo ficava de fora.

    O gesto de Ulysses serviu para começar a enfraquecer a ditadura. Que acabou quando Tancredo Neves, candidato da oposição, foi eleito presidente pelo Colégio Eleitoral que estava pronto para eleger Paulo Maluf, candidato do sistema militar.

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    Oposição é para se opor – embora a que temos pouco se oponha.

    O PT não tem o monopólio dos valores cultivados pela esquerda. Se não teve no passado, muito menos o tem agora.

    Até por ter sido o único partido dito de esquerda a chegar ao poder depois da ditadura, ninguém mais do que o PT fez mal à esquerda.

    A esquerda – toda ela – se dizia honesta, limpa antes de subir com o PT a rampa do Palácio do Planalto. Bastou subir para que parte dela jogasse fora a máscara que usava.

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    Lula nunca foi de esquerda. E nunca se declarou de esquerda – reconheça-se.

    O próprio Dirceu, certa vez, observou que Lula era um ex-líder sindical, e conservador acima de tudo.

    Uma pessoa pode ser de esquerda sem votar no PT. E pode ser do PT sem se comportar como um esquerdista.

    Por que o PSOL não pode se aliar com adversários do PT na tentativa de vencer uma eleição? O que tem feito o PT para ganhar eleições? E o que tem feito para governar?

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