Assine VEJA por R$2,00/semana
Noblat Por Coluna O primeiro blog brasileiro com notícias e comentários diários sobre o que acontece na política. No ar desde 2004. Por Ricardo Noblat. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Contagem regressiva para economia (por João Bosco Rabello)

Tem pouca importância para Bolsonaro o polêmico episódio de aval à convocação da população para ir às ruas

Por João Bosco Rabello
Atualizado em 30 jul 2020, 19h08 - Publicado em 29 fev 2020, 10h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O fim do carnaval marca o início de uma contagem regressiva para o governo com vistas às entregas que precisará fazer no curso de 2021, o terceiro ano do atual mandato presidencial. Se conseguir um up grade na economia, já será vitorioso.

    Publicidade

    Não é tarefa fácil, principalmente porque o tempo perdido com enredos secundários impõe uma preliminar que, em algum momento, considerou-se superada: a confiança dos investidores, cuja alta se deu com a aprovação da reforma da previdência.

    Publicidade

    A expectativa criada com a conclusão da reforma da previdência, como assinala a economista Zeina Latif, foi mais produzida e menos espontânea. Ou seja, produziu-se uma expectativa muito além da realidade, refletida na estimativa de crescimento entre 3 e 3,5% em 2019.

    Na prática, a agenda econômica parou, contida pelo fator político, subestimado pela área econômica, com a colaboração do próprio governo enredado em dúvidas e debates improdutivos.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Sem prejuízo das qualidades – e dos avanços – do ministro Paulo Guedes, sua oratória privilegiada seduziu mais do que entregou. A redução do ritmo mostra que a reforma da previdência foi o limite do avanço sem o exercício da política. Ela já alcançara o ponto de não retorno em gestões anteriores.

    Em algumas oportunidades, o governo pareceu ter absorvido essa realidade, mas preferiu investir contra o Congresso Nacional, com o propósito provável de enfraquecê-lo, antes de se abrir a negociações inevitáveis, em ano encurtado por eleições municipais.

    Publicidade

    A cobrança pela execução das emendas impositivas já foi traduzida por chantagem pelo ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, e desperta em parte da população a idéia de um Legislativo insaciável por recursos públicos. A cada objeção do Congresso essa memória será despertada como forma de pressão.

    Continua após a publicidade

    Por isso, tem pouca ou nenhuma importância para o presidente Jair Bolsonaro o polêmico episódio de aval à convocação da população para ir às ruas, por meio de mensagem em grupo pessoal de whatsapp. O objetivo principal, de chamar a atenção para o controle do orçamento pelo Legislativo, foi alcançado e divide opiniões.

    Publicidade

    A grande questão é que isso não resolve o problema do governo, que é o de resgatar a confiança em uma agenda econômica de inspiração liberal, mas de convicção nem tanta, pelo menos no que sugere o comportamento presidencial. Os olhos, pois, continuam postos em Guedes, a referência que ainda sustenta a esperança do mercado investidor.

     

    Publicidade

    João Bosco Rabello é jornalista, editor do site capital Político (capitalpolitico.com)

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.