O presidente Jair Bolsonaro mandou e o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, obedeceu. Em breve, quem comandará a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) será Alexandre Ramagem Rodrigues, delegado da Polícia Federal.
De quem se trata? Rodrigues cuidou da segurança da campanha de Bolsonaro depois da facada que o então candidato levou em Juiz de Fora. É homem da absoluta confiança dele. Com a vantagem de que sabe muito também sobre as milícias do Rio onde já trabalhou.
Tal conhecimento poderá ser útil a Bolsonaro no momento em que seu filho Flávio acabou envolvido nos rolos do ex-motorista Fabrício Queiroz, sumido há meses. Queiroz empregou parentes de milicianos no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio.
Flávio condecorou policiais militares acusados de ser milicianos. Rodrigues participou da Operação Cadeia Velha, um braço da Lava Jato, que prendeu no Rio deputados estaduais suspeitos de receberem propinas e de ligação com o crime organizado.
A ABIN é o serviço de inteligência civil do Brasil. Foi criada em 1999, mas com outros nomes existe desde 1927. Durante a ditadura militar de 64 chamou-se Serviço Nacional de Informações. Tem escritórios em todos os Estados e representações em 14 países.