Promoção do Ano: VEJA por apenas 4,00/mês

Noblat

Por Coluna Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
O primeiro blog brasileiro com notícias e comentários diários sobre o que acontece na política. No ar desde 2004. Por Ricardo Noblat. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Arrogância e estupidez (por Carlos de Almeida Vieira)

Psicanalise da vida cotidiana

Por Carlos de Almeida Vieira
Atualizado em 30 jul 2020, 18h56 - Publicado em 14 Maio 2020, 12h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Desde que assumiu o cargo de presidente, Trump tem dividido os Estados Unidos com sua retórica nacionalista. Movimentos racistas e xenofóbicos ganharam força e impulsionaram episódios como o de Charlottesville, na Virgínia, em agosto, quando manifestantes racistas e antirracistas se enfrentaram, deixando três mortos e dezenas de feridos.“Ele é o presidente dos Estados Unidos, o homem mais poderoso do mundo, e suas atitudes permitem que pessoas racistas, machistas, xenofóbicas e homofóbicas saiam do escuro e digam o que querem dizer”, diz o cientista político Christopher Parker, da Universidade de Washington. O professor acredita que esses movimentos sempre existiram no país, porém eles têm sido encorajados pelo presidente americano.A realidade provavelmente permanecerá a mesma no segundo ano de governo Trump. Com suas declarações controversas, o republicano deve polarizar ainda mais a sociedade americana, e as consequências podem ser graves. Mesmo com o fim de seu governo, os movimentos racistas provavelmente continuarão fortalecidos.
     (Lézio Júnior/VEJA.com)

    Vivemos hoje num mundo de governantes poderosos, líderes que desfilam em suas posturas uma atitude permanente de arrogância, estupidez e burrice mental.

    Publicidade

    A população mundial anda partida, sofrida, escravizada, deteriorada como consequência dos atos absurdos de governos “esquizofrênicos”, fragmentados, atolado em seus narcisismos destrutivos. Ninguém revela em seu coração a mínima postura e sentimento de compaixão, ao contrário, o uso do Poder se resume em falcatruas, roubos, corrupções, uso do dinheiro público em benefício próprio, ausência de sentido ético através de um comportamento exclusivamente polimorfo perverso.

    Publicidade

    Nosso tempo ainda navega num poema do Séc. XX, meados dos anos 1900, onde Carlos Drummond de Andrade, em sua fase política por excelência, escreveu em “Nosso Tempo”, um poema dedicado a Oswaldo Alves: “Este é tempo de partido,/ tempo de homens partidos”.

    Em 1940, o nosso poeta “gauche” escrevia outro poema —“Congresso Internacional do Medo”, e lá dizia: “Provisoriamente não cantaremos o amor,/ que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos./ Cantemos o medo, que esteriliza os abraços,/ não cantaremos o ódio porque este não existe,/ existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro,/ o medo dos grandes sertões, dos mares, dos desertos, o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas,/ cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas,/ cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte,/ depois morreremos de medo/ e sobre nossos túmulos/ nascerão flores amarelas.”

    Publicidade

    O que faz um poeta ou um escritor ser clássico é a sua capacidade de ser atual em qualquer tempo. Drummond descreveu nesse poema o que hoje vivemos no Brasil e em todo mundo. Desespero, fome, imigrantes sofridos e doídos, crianças abandonadas, países que não se comprometem com a consequência dos que eles plantaram: homens e mulheres sem lar, abandonados em condições subumana, mortos nos oceanos, mortos nas guerras, crianças sem esperança de sobrevivência.

    Continua após a publicidade

    Simultaneamente, políticos, presidentes, ditadores, governos populistas tanto de esquerda e direita, delirantes através dos poderes que têm, roubando, distribuindo o dinheiro dos impostos entre si sem nenhuma capacidade humana de sentir culpa e compaixão. As bocas dessa gente são o que alguém um dia me falou: “são bocas oceânicas”, de uma voracidade, avidez, canibalismo e vampirismo sem medida. Tem razão Drummond quando fala do “medo dos ditadores e dos democratas”!

    Publicidade

     

    Carlos de Almeida Vieira é alagoano, residente em Brasília desde 1972. Médico, psicanalista, escritor, clarinetista amador, membro da Sociedade de Psicanálise de Brasília, Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo e da International Psychoanalytical Association 

    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Veja e Vote.

    A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

    OFERTA
    VEJA E VOTE

    Digital Veja e Vote
    Digital Veja e Vote

    Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

    2 meses por 8,00
    (equivalente a 4,00/mês)

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.