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Ao ministro, Lula preferiu o general (04/11/2004)

MEMÓRIAS DO BLOG

Por Ricardo Noblat
Atualizado em 30 jul 2020, 20h11 - Publicado em 4 nov 2018, 12h00

As chamadas”fontes do governo” estão empenhadas em plantar na mídia que o ministro José Viegas, da Defesa, pediu demissão do cargo porque seu relacionamento com os comandantes militares era ruim. E que a saída dele nada teve a ver com a nota do Exército que justificou a ditadura de 64 e a tortura a presos políticos. Nada mais falso – e a própria carta de demissão do ministro deixa isso bastante claro.

O relacionamento de Viegas era muito bom com os comandantes da Marinha e da Aeronáutica – e sofrível com o comandante do Exército que resistia a seguir suas orientações. E as desrespeitava sempre que podia. Dele, em vão, o ministro se queixou diversas vezes ao presidente da República. Por último, quis demiti-lo por causa da nota feita à sua revelia e em desacordo com o seu e o pensamento do governo.

Lula não deixou. Primeiro, porque teme atritos com gente que usa farda. Segundo, porque o general tem fortes padrinhos dentro do governo. Preferiu acreditar na mentira de que o general também fora surpreendido com a publicação da nota. Não foi. Leu-a e aprovou-a.

Não há viva alma no Alto Comando das Forças Armadas que tenha acreditado na lorota de que o general desconhecia a nota. Até porque se isso fosse verdade ele teria a obrigação de demitir quem expedira a nota sem consultá-lo. Ninguém foi demitido. Atingido em sua autoridade e sem respaldo do presidente, Viegas foi embora. Se não fosse continuaria sendo um ministro pela metade, e cada vez mais fraco.

Não saiu antes porque Lula queria que ele ficasse – e lhe disse isso com bastante ênfase. E porque havia eleições pela frente e não queria ser acusado de criar embaraço para o governo numa ocasião como aquela.

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