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Agora começa o governo, na real

Eleições no Congresso e Brumadinho marcam o fim do já mambembe período de graça do governo Bolsonaro

Por Alon Feuerwerker
Atualizado em 30 jul 2020, 20h00 - Publicado em 28 jan 2019, 11h00
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  • Inícios de governo são como extensões da campanha. A nomeação e posse dos ministros, os primeiros pronunciamentos, os projetos, as esperanças. Talvez por isso se fale em “período de graça”. A campanha continua, mas um lado já está nocauteado e o outro ocupa o palanque sozinho.

    É um período em que governo e governante não precisam necessariamente mostrar destreza operacional, o simples preenchimento dos espaços funciona bem como vetor de comunicação. Mesmo as polêmicas giram em torno de falas, assinaturas em papéis. Coisas assim, digamos, “virtuais”.

    Mas isso agora é passado.

    No Congresso, o governo precisará mostrar capacidade política. Em Brumadinho, capacidade operacional, e será também politicamente responsabilizado pelos desdobramentos jurídicos. Dizer que “vou acabar com a incompetência e a impunidade” dá voto, mas tem consequências.

    O governo tem uma ampla base política potencial no Legislativo. O desafio está na palavrinha “potencial”. Como no futebol, não basta ter elenco. É preciso colocar para jogar. A nova comissão técnica não tem muita experiência em liderar aquela turma. Vejamos no que vai dar.

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    Mas desafio mesmo está em Brumadinho. A tragédia cruza três pontos decisivos da agenda bolsonarista: 1) libertar a força produtiva do capital, 2) privatizar estatais para torná-las mais eficientes e vantajosas para o conjunto da sociedade e 3) colocar criminosos na cadeia.

    A conexão de Brumadinho com o item 1 é óbvia.

    Sobre o item 3, o nomear Sérgio Moro ministro o governo ganhou musculatura no plano semiótico mas perdeu o clássico trunfo de manter distância das decisões do Judiciário. Pois no imaginário popular Moro é talvez o primeiro Ministro “da Justiça”, lato sensu. O povão quer que ele mande.

    No caso do item 2, a tragédia de Brumadinho oferece uma nova oportunidade para a contranarrativa do “querem privatizar as estatais para o lucro ser o único objetivo dessas empresas, desprezando os direitos sociais e trabalhistas e a necessidade de defender o meio ambiente”.

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    O que estaria sendo dito se a tragédia tivesse sido responsabilidade da Petrobras? Só aplicar com sinal trocado. #FicaaDica

    Detalhe: em Brumadinho há o vetor ambiental, mas também um relacionado à segurança no trabalho. Ao extinguir o Ministério do Trabalho Bolsonaro perdeu o personagem que poderia fazer o governo centralizar esse desdobramento. Tudo tem dois lados.

     

    (Alon Feuerwerker é jornalista e analista político/FSB Comunicação)

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