Desde o início da semana passada quando Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, tornou-se o alvo preferencial de Bolsonaro e dos seus acólitos, Maia e o ministro Paulo Guedes, da Economia, trocam mensagens diárias pelo WhatsApp.
Guedes está horrorizado com o cerco a Maia, mas sabe que tem pouco a fazer pela sorte dele. Bolsonaro não o escuta em matéria de articulação política. Também não dá muita bola para o que ouve do ministro Onyx Lorenzoni, da Casa Civil.
Não passa de lenda essa história de que a ala militar do governo controla Bolsonaro. Os generais o aconselham, bancam os moderados, mas Bolsonaro os contraria com frequência. O respeito à hierarquia os impede de ir além.
O sucesso da resistência de Maia aos acintes de Bolsonaro depende unicamente do apoio que obtiver dos líderes dos partidos na Câmara e fora dela.