O brasileiro gosta do cartão de crédito, de parcelar quase tudo por meio dele – mesmo pagando juros altos embutidos nos preços –, mas o Pix, com apenas dois anos de existência, já mostrou que veio para ficar. É o que revela pesquisa inédita da Único, empresa especializada em identidade digital, fundada em 2007. A IDTech se tornou unicórnio em agosto de 2021 e já recebeu quatro rodadas de investimentos. A instituição mapeou o comportamento do brasileiro conectado nas compras online entre novembro e dezembro de 2022. Foram 1.000 entrevistados via painel online da empresa Offerwise, dentre a população brasileira conectada (PNAD / 2021 = 192.600.000 pessoas). Alguns destaques do estudo:
1. Entre as pessoas que compraram online com cartão de crédito no último ano, 60% preferem esse meio de pagamento. O Pix aparece em segundo lugar (30%);
2. 78% dos brasileiros conectados – População brasileira conectada: 90% (PNAD / 2021) = 192.600.000 pessoas – declararam ter realizado transações online com cartão de crédito no último ano, o que pode representar aproximadamente 150 milhões de pessoas;
3. São três os motivos para preferência do cartão de crédito: parcelamento/tempo para pagar (38%); praticidade/facilidade (32%) e segurança (12%);
4. Quem transaciona online com cartão de crédito no Brasil são pessoas mais jovens, mais escolarizadas, mais mulheres e, principalmente, de classes de renda mais altas. A maioria parcela as suas compras, usa cartão de crédito próprio e não tem o hábito de utilizar mais de um cartão por pagamento (mas 40% utilizam);
5. 36% dos entrevistados tiveram algum problema com aprovação indevida de compra com o seu cartão de crédito nos últimos 12 meses;
6. Compra de itens em lojas online, além de pedidos de delivery em restaurantes e bares, são os destaques na fatura do cartão de crédito, utilizando principalmente meios como aplicativos para pagar. Carteiras digitais aparecem como maior incidência dentro do fluxo de envio de Pix;
7. Hoje, a desconfiança para pagar com cartão de crédito de forma online existe principalmente nas redes sociais, onde a percepção de segurança e privacidade dos dados pessoais é menor.