Depois de apelar aos destinos nacionais em 2016 para continuar tendo o prazer de viajar mas sem comprometer muito o orçamento por conta da crise, os brasileiros voltaram a buscar destinos internacionais no ano passado.
A conclusão é de um estudo feito entre janeiro e dezembro de 2017 pelo Kayak, a maior ferramenta de planejamento de viagens online no mundo. Para chegar aos dados, a empresa levou em conta todas as mais de 2 bilhões de buscas por hotéis, voos de ida e volta e aluguéis de carros tanto nos aplicativos móveis para iOS e Android como em seu site.
No ano que passou, 60% dos destinos mais buscados pelos viajantes brasileiros ficava fora do país. Um aumento considerável em relação a 2016, quando apenas 41% das cidades mais procuradas estava fora do Brasil _São Paulo, Rio, Fortaleza, Salvador (foto) e Recife foram alguns dos destinos mais buscados.
Em 2015, primeiro ano que a empresa de planejamento de viagens fez este relatório sobre o perfil do viajante brasileiro, 53% dos destinos mais buscados era no exterior.
Entre as cidades fora do país mais procuradas no ano passado não houve nenhuma grande surpresa: Lisboa, Paris, Miami, Nova York, Orlando, Buenos Aires, Madri, Los Angeles e Roma. Já entre as cidades brasileiras, as mais buscadas foram São Paulo, Rio, Salvador, Fortaleza, Recife e Porto Alegre.
O relatório ainda aponta que o brasileiro gasta, em média, R$ 3.558 com as passagens internacionais para chegar a estes destinos listados acima, o que eu, particularmente acho bastante dinheiro (não lembro te ter pago tanto para ir a qualquer cidade da Europa ou dos EUA recentemente).
Outro dado que me chamou a atenção no relatório foi o tempo que os viajantes do Brasil gastam pesquisando preços de passagens, hotéis e aluguel de carro.
Em média, são gastos pouco mais de dois minutos para escolher um veículo, quase quatro minutos para pesquisar um voo e três minutos para buscar um hotel.
O relatório ainda aponta que os brasileiros precisam apenas de uma busca para achar o que estão procurando, seja para passagens, acomodações ou aluguel de carros.
Eu certamente estou fora desta média. Gasto horas e horas fazendo minhas buscas, mesmo quando já tenho destinos e datas definidos. Estou para fechar uma viagem para o segundo semestre e há semanas tenho janelas abertas no meu navegador com preços de passagens, carros e hotéis. E ainda estou longe de finalizar minhas compras até que tenha certeza de que estou fazendo um bom negócio.
Pesquisar muito, além de ser uma forma de economizar, é também uma distração. É quase como se a gente já estivesse vivendo a viagem que fará. Eu adoro, confesso.
Outra coisa que achei interessante no relatório do Kayak foram os dias que os brasileiros mais usam para fazer suas buscas: domingo à noite e segunda-feira logo pela manhã.
Coincidência ser o início da semana e a volta ao trabalho/aulas?? Certamente não. Quer maneira melhor de encarar uma longa semana do que sabendo que em breve você estará realizando um sonho?
E qual a duração média das viagens que mais buscamos na internet no ano passado? Segundo o relatório, a maioria delas são de até três dias de duração, seguidas pelas de uma semana. Os passeios de duas semanas vêm na terceira posição e as viagens longas, de um mês ou mais, são um “luxo” para pouquíssimas pessoas.
Neste ano, graças ao grande número de feriados emendados, a tendência é que estas viagens menores continuem sendo as favoritas dos viajantes brasileiros.
Eu, outra vez, não estou com a maioria. Não fiz nem pretendo fazer nenhuma viagem curta em 2018. Já fiz algumas viagens de cerca de duas semanas e pretendo fazer mais algumas, também de cerca de 15 a 20 dias (mas vale lembrar que meu trabalho me permite um calendário mais flexível do que a maioria 😉 ).
Agora quero saber de você… se encaixa neste perfil de viajante?