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Escritores declaram guerra à Amazon

O presidente da Amazon Jeff Bezos (Foto: Getty Images) Nos últimos meses, donos do e-reader Kindle encontraram dificuldades para comprar livros do grupo editorial Hachette, responsável pela edição de importantes autores internacionais como J.K. Rowling, que lançou em junho The Silkworm, nova trama assinada por seu pseudônimo Robert Galbraith. A escritora, entre outros nomes do grupo, […]

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 31 jul 2020, 03h16 - Publicado em 15 ago 2014, 17h29
O presidente da Amazon Jeff Bezos (Foto: Getty Images)

O presidente da Amazon Jeff Bezos (Foto: Getty Images)

Nos últimos meses, donos do e-reader Kindle encontraram dificuldades para comprar livros do grupo editorial Hachette, responsável pela edição de importantes autores internacionais como J.K. Rowling, que lançou em junho The Silkworm, nova trama assinada por seu pseudônimo Robert Galbraith. A escritora, entre outros nomes do grupo, foi prejudicada pela briga entre a editora e a Amazon, empresa de Jeff Bezos. Elas se desentenderam sobre os termos do contrato imposto pela gigante varejista, detentora de 60% do mercado de e-books e de um terço da distribuição de livros impressos nos Estados Unidos. A briga ganhou novo episódio nesta semana, com a publicação no domingo, pelo jornal The New York Times, de uma carta aberta assinada por 909 escritores contrários à atitude da Amazon de prejudicar as vendas da Hachette e de outros que discordam da sua agressiva política de preços.

Entre os nomes que assinaram o manifesto, estão autores populares como Suzanne Collins, Jennifer Egan, Markus Zusak, Nora Roberts, John Grisham e Stephen King. De acordo com a carta, a Amazon tem boicotado os autores da Hachette, dizendo em seu site que as obras estão indisponíveis, sugerindo outros autores e atrasando a entrega dos livros. “Como escritores — a maioria de nós não representados pela Hachette — acreditamos que nenhum varejista deve impedir que um livro seja vendido e nenhum leitor desencorajado a comprar uma obra. Não é honesto a Amazon eleger autores, que não estão envolvidos na disputa, e usá-los como forma de retaliação”, diz trecho do texto.

A briga começou quando o grupo editorial Hachette se opôs à política de menor preço da Amazon. De acordo com o grupo, o site quer vender e-books a apenas 9,99 dólares (cerca de 23 reais). Segundo a editora, o valor é muito baixo e o site ainda quer aumentar sua margem de lucro, de 30% para 50%.

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Para se defender — e complicar a situação —, a Amazon citou George Orwell em uma carta assinada pela equipe de literatura do site, dizendo que o autor de 1984 era contra a publicação de livros de bolso, que se popularizaram nos anos 1930 e aumentaram o acesso para novos leitores. O texto faz uma comparação do que acontece hoje no mercado editorial. “A história se repete. Nós queremos livros baratos. A editora Hachette, não”, diz a Amazon.

Contudo, em matéria publicada no jornal The Guardian, Bill Hamilton, editor responsável pelas obras de Orwell, diz que a Amazon usou em vão o nome do escritor, e que sua fala foi usada de forma errônea. “Eles citam Orwell fora de contexto, como se ele quisesse proibir os livros de bolso, para validar uma campanha contra editoras e os preços dos e-books.”

Na frase completa, Orwell não quer proibir o novo formato de livros, e sim exaltá-los. “Os livros da editora Penguin (que lançou os formatos de bolso) são esplêndidos. Tão esplendidos que se outras editoras fossem espertas se uniriam contra o formato para proibi-lo”, disse o escritor de forma irônica na época.

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