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Me Engana que Eu Posto Por Coluna A verdade por trás de manchetes falsas que se espalham pela internet. Editado por João Pedroso de Campos.
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Brasil não importou dipirona contaminada da Venezuela

Boato que já havia circulado em agosto voltou a ser compartilhado no WhatsApp por meio de um áudio. Ministério da Saúde, Anvisa e laboratório desmentem

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 nov 2018, 18h31 - Publicado em 8 nov 2018, 18h28
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  • Passada a enxurrada de notícias falsas envolvendo as eleições de 2018, voltou a circular no WhatsApp uma fake news sobre saúde que já havia se espalhado por aí em agosto. A lorota alardeia que o Brasil importou da Venezuela dipirona contaminada pelo vírus Marburg, “considerado um dos mais perigosos do mundo e com alta taxa de mortalidade”.

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    O boato foi ressuscitado no aplicativo de mensagens por meio de um áudio, em que um sujeito simplesmente lê o conteúdo da lorota que já havia sido espalhada no mesmo “zap” há três meses. Ele fala sobre a dipirona “muito branca e brilhante” e pede que a mensagem seja compartilhada “antes que o governo tire esse aviso de circulação” – característica bastante comum em notícias falsas (veja abaixo).

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    (Reprodução WhatsApp/Reprodução)

    A nova versão da lenda urbana, compartilhada em áudio, é ilustrada pelo medicamento Dipimed, fabricado pelo laboratório Medquímica (veja abaixo).

    (Reprodução WhatsApp/Reprodução)

    Quando o boato circulou pela primeira vez, em agosto, o Ministério da Saúde já havia publicado em seu site um desmentido da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre a fictícia dipirona venezuelana importada e contaminada.

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    Com a volta da notícia falsa ao WhatsApp, que envolve a imagem do Dipimed, o labotarório Medquímica divulgou um esclarecimento em que afirma que se trata de “um medicamento de origem totalmente nacional, registrado na ANVISA sob o nº 1.0917.0015 e comercializado no mercado há mais de 30 anos”.

    De fato, é possível ver em uma consulta simples no portal da agência reguladora que o analgésico alvo da lorota é mesmo fabricado no Brasil e tem registro ativo até março de 2021 (veja abaixo).

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    (Reprodução Anvisa/Reprodução)

    Sobre a doença causada pelo vírus Marburg, trata-se de uma infecção que pode ser transmitida através do contato com sangue, secreções ou fluidos corporais de pessoas infectadas, ou, ainda, materiais contaminados, como roupas e roupas de cama. Os sintomas mais comuns são febre alta, dores de cabeça, abdominal e musculares, cãibras, diarreia, náuseas e vômito. Em casos mais graves, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a doença pode levar à morte em até nove dias após o início dos sintomas.

    Conforme os dados mais recentes da OMS, já houve surtos ou casos isolados da doença em oito países (nenhum deles é a Venezuela ou o Brasil): Estados Unidos, Alemanha, Holanda, Sérvia, República Democrática do Congo, Uganda e África do Sul.

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    Você também pode colaborar com o Me Engana que Eu Posto no combate às notícias mentirosas da internet. Recebeu alguma informação que suspeita – ou tem certeza – ser falsa? Envie para o blog via WhatsApp, no número (11) 9 9967-9374.

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