As queimadas em São Paulo se somaram a inúmeros incêndios pelo país, provocando um dos piores períodos de contaminação do ar na história paulistana. Neste cenário, um levantamento mostrou que o estado tem a segunda pior taxa de bombeiros para cada 1.000 mil habitantes de todo o país, ficando na frente apenas do Piauí.
O levantamento produzido pela República.org utilizou dados do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp) de 2022.
Enquanto o Distrito Federal – o melhor estado do ranking, em 1º lugar – tem 2,18 bombeiros para cada 1.000 mil habitantes, São Paulo conta com somente 0,19 bombeiros para cada 1.000 mil habitantes, ocupando o 26º lugar. Mesmo assim, o DF também queima e está com um dos piores índices de qualidade do ar em sua história.
No ranking do país, todos os outros estados do Sudeste estão melhor aparelhados neste sentido – o Rio de Janeiro, por exemplo, aparece em 5º lugar no ranking, com 0,78 bombeiros para cada 1.000 mil habitantes.
“É preciso planejar o dimensionamento da força de trabalho para garantir que as demandas da população sejam atendidas. Em situações onde a resposta precisa ser imediata é ainda mais sensível. Apesar do recorde de focos de incêndio em 2024, as queimadas são recorrentes e precisam pautar as decisões de investimento no setor público”, afirma Fred Melo, diretor-executivo da República.org, instituto dedicado a melhorar a gestão de pessoas no funcionalismo público brasileiro.
De acordo com o National Fire Protection Association (NFPA) (2020) a taxa de bombeiros por 1.000 habitantes nos Estados Unidos é de 1,81. O tema, contudo, não tem sido discutido por nenhum dos candidatos à prefeitura da capital paulistana. O que se vê, apenas, são cadeiradas e agressões verbais, bate-bocas num baixo nível poucas vezes visto.