O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sabia que o maior colégio eleitoral do país precisaria de uma estratégia à parte, especialmente pela grande rejeição ao PT, mais enraizada do que em qualquer outro lugar do país.
Em São Paulo, Lula lidera com 39% das intenções de voto e o presidente Jair Bolsonaro vem em seguida, com 25%. Pelo menos… é o que informa a última pesquisa Quaest/Genial.
Isso mostra que a vantagem de Lula sobre Bolsonaro é menor no estado do que em todo o país, no qual o petista tem 46% contra 25% do atual presidente.
Pois bem.
São Paulo é decisivo para todos os candidatos, como sabemos. Por isso também, Lula “inventou” Geraldo Alckmin como vice. A distância entre Lula e Bolsonaro ainda é curta e precisa aumentar no estado.
Se quiser ter uma chance de vencer com folga, o PT precisa pacificar quem será o candidato a governador de São Paulo para que toda a coalizão estadual trabalhe também pela campanha presidencial – tanto o PSB quanto o próprio PT… juntos, na mesma direção.
Enquanto não resolve as disputas internas na esquerda sobre quem será o cabeça de chapa em São Paulo, o Partido dos Trabalhadores perde tempo em organizar o palanque presidencial que, normalmente, define a eleição. É lá que a esquerda terá que avançar sobre o eleitorado mais conservador do Brasil.