Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
Continua após publicidade

Os vetos que são a cara de Bolsonaro

Corte na educação, no INSS, na pesquisa científica e na proteção ambiental... mas dinheiro para os políticos nas emendas e no fundão eleitoral

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 26 jan 2022, 11h33 - Publicado em 26 jan 2022, 10h33

Com os seus vetos, o presidente Jair Bolsonaro acabou de lapidar o orçamento para ficar à sua imagem e semelhança. Tem todas as prioridades invertidas.

Todo mundo sabe que neste momento há necessidade de mais dinheiro para a educação, e não menos. Os desafios cresceram. Mas a tesoura de Bolsonaro cortou forte lá.  O INSS, que tem uma fila de quase dois milhões de pessoas para se aposentar, sofreu corte na manutenção das agências. 

Também não ficaram de fora cortes em áreas importantes, mas nunca valorizadas pelo atual presidente, como a pesquisa científica e as políticas públicas para indígenas e quilombolas. A Fiocruz, instituição que exerceu papel fundamental durante a pandemia, sofreu um corte de R$ 11 milhões na sua verba destinada à pesquisa e desenvolvimento.

O presidente também tirou R $17 milhões da verba já magérrima do combate às queimadas – mesmo depois de grandes desastres ambientais provocados no Pantanal, na Amazônia e na Mata Atlântica durante seu governo.

E o que Bolsonaro protegeu?

Continua após a publicidade

A verba para o fundão eleitoral hoje é quase três vezes maior do que na campanha de 2018. Ou seja, o dinheiro dos políticos cresceu. As emendas parlamentares foram para R$ 35,6 bilhões, mais do que no ano passado, e – dentro delas – o famigerado orçamento secreto, que ficará com 16,5 bilhões.

Está protegido também o valor de R$1,7 bi para “aumento de servidores”. Mas na verdade, esse é o valor exato que ele prometeu para a Polícia Federal. Se ele for efetivado, haverá a pressão dos outros servidores e será difícil conter a avalanche. A começar pela Receita Federal.

Repercussão

A Ong Todos pela Educação reagiu de forma correta aos cortes do governo atual. “A Educação Básica foi, de longe, a mais afetada, com 54% do total do veto (uma grande parte operacionalizado pelo FNDE). São R2 milhões em diversas ações, algumas delas importantes para o enfrentamento da pandemia no curto prazo e outras mais estruturantes”, afirmou Lucas Hoogerbrugge, líder de Relações Governamentais da Ong.

Continua após a publicidade

O corte no INSS teve reação imediata dos servidores, por exemplo. Eles acreditam de fato que pode haver paralisia total nas atividades do órgão.

O custo ficará muito maior.

A julgar pelo orçamento de Bolsonaro, o país continuará cortando onde não pode, e gastando onde não deve.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.