A continuar se portar como fez em toda a sua nefasta trajetória política, Jair Bolsonaro estará se movendo para ser líder mesmo só da extrema-direita. Na campanha em que saiu derrotado neste ano de 2022, caminhou um pouco para o centro – obrigado por assessores -, mas, ao se isolar na derrota, voltou à velha roupagem que intoxicou a política brasileira.
O centrão já está negociando com o Lula. E esse movimento conservador tem presença no maior estado da federação. Mas se Tarcísio de Freitas se mantiver radicalizado.. não vai administrar São Paulo direito.
É impossível.
Como é possível para um governador ser anti-vacina, anti-ciência, anti-cultura, anti-universidades, mas que tem sob o seu comando o Butantan, a Fapesp, a Secretaria de Cultura e a USP?
O mais óbvio será o governador eleito caminhar para o centro, deixando de lado isso que se chama de “bolsonarismo” mas é o fascismo, extremismo de direita. Essa é a leitura não só de cientistas políticos, mas de alguns aliados do próprio presidente.
Bolsonaro ficará com os fanáticos, Tarcísio tentará ser o líder de uma direita liberal por São Paulo.
A ver, após os 58 milhões de votos do último domingo. Só o tempo responderá essa pergunta.