Indicado para o Supremo Tribunal Federal pelo presidente Lula, o ministro da Justiça, teve um dia de exposição super positiva com a operação da Polícia Federal que investiga tráfico de armas europeias para o Brasil.
Ainda que a apuração tenha começado em 2020, ela ganhou força neste período do ex-governador do Maranhão à frente da pasta.
Nesta terça, 5, a PF afirmou que uma empresa paraguaia foi responsável por importar incontáveis – falam em 46 mil – pistolas e fuzis fabricados na Croácia, Turquia, República Tcheca e Eslovênia.
As mesmas armas, depois, entraram no Brasil com a identificação raspada e seguiram para facções criminosas brasileiras.
Com essa informação, Flávio Dino usou a operação Dakovo para demonstrar os resultados do uso dos serviços de inteligência do Estado contra o crime organizado – parte do plano de segurança que ele mesmo anunciou para o Rio, que é estrangular a logística do tráfico de armas e drogas.
Enquanto busca a aprovação do seu nome para o STF, o ministro da Justiça acredita que a solução contra o crime reforça a estratégia de uso dos setores de inteligência de órgãos públicos e a cooperação entre os governos.
Por isso, concedeu uma coletiva de imprensa – nos moldes dessa de ontem – com o ministro da Justiça e o chefe da polícia paraguaios.
Flávio Dino está mostrando serviço enquanto busca seus votos no Senado, tendo um comportamento de diálogo bem diferente daquele quando esteve à frente da batalha contra os golpistas do 8 de janeiro.
A oposição pode ter se organizado no Senado, tendo uma postura agressiva contra a sua indicação, mas a estratégia de Dino será uma só até a sabatina no dia 13: trabalhar e buscar o diálogo. Mostrar serviço e tentar apaziguar os ânimos.