
A petroquímica Braskem, responsável pelo afundamento do solo em Maceió, publicou anúncios em órgãos de comunicação nesta sexta, 8, nos quais relata uma série de medidas tomadas na mina de sal-gema explorada.
Eles fazem parecer que está tudo bem, e não está, já que uma cratera de até 300 metros de diâmetro pode ser aberta no bairro Bom Parto, da capital alagoana.
A questão é muito simples: se a petroquímica tivesse feito tudo certo na região de exploração, o chão não estava afundando como está, de forma desesperadora.
A Braskem é uma empresa grande, forte, poderosa, com dois grandes acionistas – a Odebrecht, que agora se chama Novonor, e a estatal Petrobras.
Precisa dizer mais alguma coisa?
Todos os esforços pelos dois acionistas têm que ser realizados no sentido de resolver o problema criado por eles.
Não adianta prestar contas de quem indenizou, o quanto investiu, quem tirou de que lugar para por em outro, porque não tem sido suficiente.
DISPUTAS POLÍTICAS
Essa é a esfera econômica, do negócio. Já na outra, a política, é também preciso pontuar alguns graves problemas.
As lideranças locais, que deveriam estar unidas em prol da solução, deixaram as velhas rivalidades falarem mais alto, e dividiram-se sobre fazer ou não uma Comissão Parlamentar de Inquérito.
Sim, é importante investigar.
Mas a situação do aliado de Arthur Lira contra o de Renan Calheiros – ou do ex-chefe do estado que é ministro do governo Lula e tem preferências – não contribui.
Eles estão se dividindo numa briga política local quando têm uma coisa bem mais grave acontecendo.
É preciso que as lideranças alagoanas deixem a rivalidade de lado para buscar soluções que evitem o pior.
Só pra avisar a todos, não importa de que grupo político você faça parte… ninguém vai sair bem da história se ela continuar a piorar.
PS – Na torcida por Maceió sempre, leitor.