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Matheus Leitão

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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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O principal problema que corrói as Forças Armadas, e como resolvê-lo

Inchaço vai além das aposentadorias milionárias e diz respeito ao golpismo bolsonarista

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 21 nov 2024, 17h19 - Publicado em 21 nov 2024, 17h16

As desventuras da cúpula das Forças Armadas, como as diferentes conspirações contra a República, escancaram problemas que, há muito, o Brasil evita enfrentar: a gastança, a ineficiência e a falta de objetivo do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.

Para 2025, a previsão é que a Defesa receba R$ 133 bilhões dos cofres públicos para bancar os militares. Cerca de 80% desse dinheiro será gasto com pessoal – salários, pensões e aposentadorias.

O pouco que sobra, acaba financiando um mundo de privilégios para os militares, que desfrutam, por exemplo, de escolas e hospitais de ponta. Da adolescência até a vida adulta, quem opta por engrossar as fileiras militares tem acesso a capacitações, tecnologias e assistências indisponíveis para a população civil.

Agora, pela primeira vez após a redemocratização, estamos vendo a geração de oficiais atingir a marca dos 50 e dos 60 anos de idade. O resultado parece insatisfatório, uma vez que o lote inclui pazuellos, cids e braga netos.

O Brasil tem torrado, ano após ano, bilhões e bilhões de reais para formar oficiais que, ao fim e ao cabo, acreditam que um vermífugo poderia combater o coronavírus e que as ideias golpistas de Jair Bolsonaro são corretas.

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Por outro lado, nenhum cidadão em sã consciência avalia que as forças brasileiras conseguiriam fazer frente a uma ameaça armada relevante vinda do exterior – diga-se EUA, China ou Rússia.

O melhor seria, finalmente, levar a sério a proposta ensaiada na década de 1990, no governo FHC, de reduzir ao mínimo necessário o tamanho das Forças Armadas, mantendo um pessoal de altíssimo nível e ultra especializado, capaz de fazer bom uso das tecnologias de ponta, como a inteligência artificial para cibersegurança e de promover inovações e inventar novas tecnologias. Trata-se de um nível de excelência muito distante do atual cenário dos militares brasileiros. Para chegar lá, o primeiro passo é cortar a mamata do dinheiro mal gasto.

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