Há quase quatro anos, em abril de 2018, a Operação Lava Jato vivia seu auge com a prisão do ex-presidente Lula. Naquela época, Sergio Moro jamais poderia imaginar o que estava por vir.
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O juiz que tentou fazer seu nome como um grande defensor da honestidade e algoz dos corruptos, hoje, ironicamente, é alvo de um procedimento no Tribunal de Contas da União (TCU) que apura possíveis irregularidades na prestação de serviços que Moro teria realizado para empresas que foram alvo da Lava Jato.
“Indignado” com o processo, o ex-juiz e agora político filiado ao Podemos, prometeu revelar quanto ganhou como consultor privado.
Por mais que não queira admitir, a verdade é que o jogo virou para Sergio Moro. Além de ser alvo de investigação e ter errado claramente como magistrado, a decisão de entrar para a política também não está sendo fácil.
O ex-presidente Lula, preso após um mandado assinado pelo então juiz, agora está livre e será seu adversário na disputa presidencial em outubro.
Ao que tudo indica, Moro não tem chances contra o petista. Teve que acompanhar a soltura e a anulação das sentenças que condenaram o ex-presidente e agora testemunha a popularidade de Lula subindo nas pesquisas.
Se o ex-juiz ainda tinha esperanças de ver seus números melhorarem nas pesquisas para oficializar sua candidatura à Presidência, elas ficaram ainda menores com a investigação do TCU.
Moro tem muito a explicar antes de querer ocupar a cadeira de presidente do país.