O futuro de Ciro, Lupi e do PDT depois da PEC dos Precatórios
Partido vive confusão interna por causa da PEC dos Precatórios - um verdadeiro balaio de gato - e terá que se reorganizar
O PDT está uma bagunça. Depois de chegar à conclusão de que o partido foi decisivo para aprovar a PEC dos Precatórios que beneficia o governo na semana passada, os integrantes da legenda começaram a se desentender.
Primeiro, Ciro Gomes fez um jogo de cena e anunciou a suspensão da sua candidatura à Presidência em 2022. O pré-candidato viu seus apadrinhados votando a favor da proposta e não gostou.
Hoje, foi a vez do presidente do PDT reagir. Carlos Lupi escreveu em seu Twitter que, após reunião em Brasília, “a Executiva Nacional e a Bancada Federal concordaram em encaminhar voto contrário no segundo turno da PEC dos Precatórios”.
Disse que o partido não daria um “cheque em branco para Bolsonaro, o “profeta da ignorância”, segundo o presidente do partido.
Mesmo com o posicionamento de Lupi e a orientação do partido, ao menos cinco deputados mantiveram seus votos a favor do texto.
Marlon Santos (RS), Flávio Nogueira (PI), Alex Santana (BA), Subtenente Gonzaga (MG) e Silvia Cristina (RO) continuaram apoiando a PEC governista. Os três primeiros estão em processo de expulsão do partido e o penúltimo já anunciou que vai sair do PDT.
A confusão na legenda é evidente e o desfecho dessa história acabou sendo decisivo para o governo, seja no primeiro turno ou no segundo turno.
Na primeira votação, 15 dos 24 deputados da legenda foram favoráveis à proposta. Agora, cinco. O balaio de gato está formado. Ou se reorganiza ou será ainda mais difícil buscar o espaço entre Lula e Jair Bolsonaro – o que eles mesmos querem.