Integrantes da cúpula do PL admitem reservadamente que a Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal, pode atrapalhar os ambiciosos planos do partido nas eleições municipais.
Hoje no lugar do PSDB como a maior legenda de oposição ao PT (ainda que bem mais conservadora que o partido social-democracia), o PL é fruto da polarização do nosso tempo.
Recebeu agora, contudo, o maior revés político desde a eleição de 2022, quando elegeu 99 deputados, mostrando-se a força capaz de atrapalhar os planos do governo Lula.
Com a prisão em flagrante de Valdemar Costa Neto, presidente da legenda, de posse de uma arma ilegal e de uma pepita de ouro proveniente do garimpo ilegal, o quadro mudou.
Não só porque o garimpo foi incentivado durante os quatro anos do governo Bolsonaro, mas por causa de outras medidas cautelares diversas, como a proibição da comunicação entre investigados.
Por decisão judicial, Valdemar não pode falar com Bolsonaro, que não pode conversar com Braga Netto. Será assim até que os planos para a tentativa de golpe e abolição da democracia sejam apurados.
Basicamente, é um telefone sem fio no maior partido de direita do Brasil a meses da eleição que vai definir a política nas capitais, mas também os palanques para 2026.
Toda a estratégia para o pleito fica em banho-maria com os três principais operadores do PL incomunicáveis.