Os cortes efetuados pelo governo Jair Bolsonaro na educação impactaram as universidades federais brasileiras e geraram repercussão nas redes. Entre a segunda-feira, 5, e esta quarta-feira, 7, – até a metade do dia – o presidente foi associado a mais de 910 mil interações no Twitter, Facebook e Instagram relacionadas ao caos orçamentário da Educação.
Os dados levantados pelo software da Vox Radar, empresa especializada na análise das redes sociais, consideram postagens que citaram o nome de Bolsonaro junto a termos do contexto educacional, além dos comentários, curtidas e compartilhamentos realizados nessas publicações.
Os números encomendados pela startup O Pauteiro mostram que o termo que mais gerou interações nas postagens que citam Bolsonaro foi ‘educação’, com um total de 122 mil. Em seguida, aparecem ‘bolsas’ e ‘bolsistas’, que geraram quase 121 mil interações, ao associar o presidente à falta de verba para pagamento do custeio dos estudantes, como denunciado pela CAPES, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior.
Outros termos que geraram grande quantidade de interações em postagens sobre Bolsonaro foram ‘cortes’ (80,3 mil), ‘médicos’ e ‘residentes’ (77,4 mil), ‘universidades’ (70,4 mil), ‘MEC‘ (66,8 mil), além de ‘pesquisa’ e ‘pesquisador (a)’, que geraram 56,6 mil interações.
Reprovação ao presidente
Levando em conta apenas as postagens no Twitter que citaram o presidente e os termos relacionados ao contexto dos cortes da educação, há ampla maioria de menções negativas. Em postagens que associam Bolsonaro ao termo bolsistas, por exemplo, 72% são negativas, já nas publicações com o termo ‘residentes’, 78% dos posts são negativos ao presidente.
As postagens em que constam ‘universidades’, por sua vez, contam com 82% dos conteúdos negativos a Bolsonaro, enquanto as que citam Bolsonaro junto com o termo ‘estudantes’ têm 80% com viés negativo ao mandatário.