![Jair Bolsonaro no 'Jornal Nacional' durante entrevista para a eleição presidencial de 2018 -](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2022/08/assets_fotos_29_310193_P66u1Ak.jpg?quality=90&strip=info&w=1280&h=720&crop=1)
Apesar de estar sendo aconselhado a diminuir o tom em relação aos seus arroubos autoritários contra a democracia – e até tentar uma versão paz e amor como Lula fez em 2002 -, Jair Bolsonaro deve partir para o ataque na entrevista ao Jornal Nacional nesta segunda-feira, 22.
É o que apurou a coluna com interlocutores do presidente da República.
Um deles afirmou que Jair Bolsonaro não aceita preparação, chamando-as de fakenews, e que “vai para o pau”. O movimento – de certa forma – levará, mais uma vez, a estratégia sanfona do presidente.
Recua, como fez neste final de semana, quando disse que vai respeitar o resultado das eleições presidenciais, mesmo que saia derrotado – “a gente está nessa empreitada buscando a reeleição, se for o entendimento. Caso contrário, a gente respeita”, disse Bolsonaro -, mas depois prepara nova munição.
Como se sabe, o presidente já fez inúmeras insinuações dizendo que pode haver fraude eleitoral. Ou seja, é óbvio que ele recuou neste sábado, 20. Mas – não se surpreendam, leitores -, ele atacará de novo.
E de novo.
Aliás, a Globo – e o palco do Jornal Nacional – é o local em que Bolsonaro gosta de atacar. Nesse tipo de ambiente que pode – e será hostil – a única forma dele reagir é atacando, como ele se “sente mais confortável”.
A esses interlocutores ouvidos pela coluna, o presidente afirmou que “vai lembrar o mensalão do PT e o Petrolão”. Mas as urnas serão temas de perguntas, e o pedido é para que o presidente baixe o tom.
Ocorrerá? Ao menos entre os auxiliares de Bolsonaro ouvidos pela coluna, não há muita esperança de que o pedido de fato será atendido.