“Chamar luta por direitos de identitarismo é vergonhoso”, diz Levitsky
Autor do best-seller “Como as democracias morrem” lança sequência sobre como salvar o estado democrático de direito

“Demandas por direitos iguais, para que o Estado simplesmente trate todos os indivíduos igualmente, independentemente da cor da pele. Demandas por direitos individuais básicos, para não ser morto pela polícia. Chamar isso de identitário é vergonhoso”, afirmou Steven Levitsky nesta quinta, 15, em um debate no Sesc 24 de maio, em São Paulo.
Steven Levitsky está no Brasil para debates de lançamento do livro “Como salvar a democracia”, sequência do best-seller “Como as democracias morrem”, ambos escritos em coautoria com Daniel Ziblatt e publicados pela editora Zahar. Na noite de ontem, em debate com os ativistas e professores Thiago Amparo e Bianca Santana, mediado pela historiadora Taina Santos, o escritor fez paralelos sobre o que está acontecendo nos Estados Unidos e no Brasil.
Reafirmou o que está registrado no prefácio à edição brasileira: “As sociedades americana e brasileira estão numa encruzilhada. Ou seremos democracias multirraciais no século XXI ou não seremos democracias. Os dois caminhos se abrem diante de nós. Não há como voltar atrás.”
Tomara que, no Brasil, quem não consegue aprender com os movimentos negro e feminista, acusando-os de identitários e de fragmentar a democracia, consiga entender a gravidade disso.
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