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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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Candidatos bolsonaristas vão mal também no segundo turno

Apoio do presidente não aumenta chances de vitória na segunda etapa da disputa

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 27 nov 2020, 14h45 - Publicado em 27 nov 2020, 14h38

Depois de um primeiro turno que provou que a força do presidente Jair Bolsonaro não foi suficiente para dar vitória a diversos candidatos nas eleições municipais, a segunda etapa da disputa continua difícil para os bolsonaristas que tentam o cargo de prefeito em suas cidades.

No Rio de Janeiro, por exemplo, Marcelo Crivella (Republicanos) está muito atrás nas pesquisas de intenções de voto contra Eduardo Paes (DEM). Segundo o Ibope, Paes tem 53% dos votos contra 28% do atual prefeito do Rio.

Crivella fez questão de associar seu nome ao de Jair Bolsonaro desde o início da campanha e chegou a ter sua propaganda eleitoral suspensa devido ao excesso de tempo de aparição do atual presidente. Em um minuto de propaganda, Bolsonaro falou por aproximadamente 40 segundos. Durante transmissão ao vivo no fim de outubro, antes mesmo do primeiro turno das eleições, o presidente declarou seu apoio a Crivella. No entanto, a influência de Bolsonaro não parece surtir efeito na campanha, mesmo o Rio sendo seu reduto político.

Outro desempenho ruim de um bolsonarista no segundo turno acontece em Fortaleza. Por lá, José Sarto (PDT) tem ampla vantagem sobre o Capitão Wagner (PROS). A última pesquisa do Ibope aponta que Sarto tem 53% das intenções de voto contra 35% do capitão bolsonarista. Wagner foi um dos candidatos apoiados por Bolsonaro antes do primeiro turno das eleições, mas tentou descolar sua imagem à do presidente ao ver que o apoio não trouxe resultados positivos. Durante uma entrevista ao jornal O Globo, o candidato disse que não é afilhado político de Bolsonaro, mas admitiu que a contribuição do presidente é bem-vinda.

Em Vitória, o Delegado Pazolini (Republicanos) também tenta desvincular sua candidatura da gestão Bolsonaro na disputa contra o petista João Coser. Pazolini, que terminou o primeiro turno na frente, com 30,95% dos votos, afirmou que sempre foi de centro direita e disse que não é o candidato de Bolsonaro. “Não sou o candidato nem do Bolsonaro, nem do Lula. Sou o candidato da família”, afirmou Pazolini na última semana.

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Apesar da declaração, atitudes recentes do delegado mostram o contrário. Em junho deste ano, Pazolini e outros quatro deputados entraram no Hospital Dório Silva, no município de Serra (ES), após o presidente pedir que seus apoiadores invadissem hospitais para mostrar que a informação de que havia um grande número de pacientes em UTIs por causa da Covid-19 era uma farsa. Em agosto, o delegado endossou um pedido da ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) para que uma menina de dez anos de idade – que foi estuprada pelo tio – não fizesse o aborto legal autorizado pela Justiça.

De acordo com as pesquisas, o cenário para o segundo turno em Vitória é incerto. O Ibope aponta que Pazolini tem 48% das intenções de voto no segundo turno contra 43% de João Coser, que vem crescendo na reta final. Quando considerados apenas os votos válidos, Pazolini tem 53% dos votos e João Coser tem 47%.

Belém também tem um cenário indefinido, mas é possível ver que o apoio do presidente não significa vantagem na disputa. Pesquisa Ibope aponta que Edmilson Rodrigues (PSOL) tem 45% das intenções de voto contra 43% do Delegado Federal Eguchi (Patriota), que também recebeu acenos de Bolsonaro. O candidato do Patriota é outro que tenta desassociar seu nome e disse que apenas tem ideias alinhadas às do presidente.

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Embora tenha dito que não ia se pronunciar sobre os candidatos que iria apoiar nas eleições, Bolsonaro escreveu em suas redes sociais uma série de nomes que contaram com seu apoio no primeiro turno. Após a apuração dos votos e com várias derrotas sofridas, o presidente apagou a publicação. Dos sete candidatos a prefeito que o presidente citou, apenas dois conseguiram ir para a disputa no segundo turno: Crivella e o candidato Tião Bocalom (PP), de Rio Branco, no Acre, o que já mostra como ele ficou isolado.

Aliás, das poucas vitórias do presidente, uma será no Acre. Em Rio Branco, Bocalom, apoiado também pelo senador Márcio Bittar (MDB), está com 65% das intenções de voto, segundo o Ibope. Socorro Neri, do PSB, que é candidata à reeleição, está com 28%.

Vale lembrar que o Acre é a terra em que o PT mais teve poder no passado. Já houve momentos em que elegeu os 3 senadores e ficou quase 20 anos no poder estadual. Apesar da vitória no Acre, para um presidente da República, com o poder na mão, estas eleições municipais representarão uma derrota sem tamanho.

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