A decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de abrir um inquérito administrativo para apurar a conduta do presidente Jair Bolsonaro em seus ataques ao sistema eleitoral brasileiro abre um caminho para que o presidente não dispute as eleições que tanto critica.
O inquérito administrativo se torna uma terceira via contra Bolsonaro. A primeira possibilidade seria o impeachment, que não deve ter seguimento enquanto o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), for aliado do governo.
A segunda chance contra Bolsonaro, dessa vez na área criminal, seria a inclusão dele no inquérito das fake news como foi solicitado pelo TSE também nesta segunda, 2. A investigação pode avançar contra porque apura ilegalidades na campanha de 2018.
Por fim, o inquérito administrativo é a terceira possibilidade de retirar Bolsonaro das próximas eleições. Tanto ele como os filhos, que já se beneficiaram do sistema das urnas por diversas vezes nas últimas eleições, questionam a transparência do processo, mas ainda assim cogitam participar da disputa em 2022.
Bolsonaro insiste que há fraude nas eleições, mas quer se submeter novamente a esse sistema “falho”, na visão dele, para tentar manter o poder. Resta saber se a participação dele realmente vai acontecer, com tantos ventos contrários surgindo no caminho.